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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sérgio Cabral fez bem em abortar sua idéia de aborto nas favelas

Desde que foi eleito, o Governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), tem feito um excelente trabalho de reposicionamento de sua imagem. Ele venceu a eleição de 2008, principalmente, conquistanto votos das faixas pais pobres. No primeiro turno, chegou a perder na Capital para a candidata da classe média conservadora (Denise Frossard, PPS), e tinha tudo para ser estimatizado como apenas mais um populista. Depois da posse, começou a agir de modo a conquistar a faixa do eleitorado arredia. Mostrou firmeza na questão da segurança, com uma política diferenciada e de resultados. Teve coragem de colocar em pauta questões polêmicas (com enfoque que eu, em alguns casos, discordo), como a descriminalização da maconha, a redução da maioridade penal e o aborto. E soube como ninguém conquistar a simpatia do Governo Federal, atraindo para o estado recursos nunca antes vistos. O resultado já se vê nas pesquisas de opinião pública, onde seu governo é amplamente aprovado. Embalado por tantos sucessos, ele se descuidou e teria dado uma declaração completamente fora de propósito. Teria defendido o aborto com a justificativa de que as altas taxas de natalidade em localidades como a favela da Rocinha geram “fábricas de marginais”. O problema é que esse pensamento, além de desagradar as camadas mais pobres, não consegue agradar a maioria dos conservadores. É verdade que há muita gente defendendo a redução das taxas de natalidade como método de redução da criminalidade - mas não através do aborto. Aliás, o jornal O Globo, porta-voz conservador, opina nesse sentido: "Pode-se concordar ou discordar da defesa feita da legalização do aborto pelo governador Sérgio Cabral. Mas é irrefutável que, por falta de um programa sério de planejamento familiar, as camadas pobres da população converteram-se numa fábrica de reposição de mão-de-obra para o exército da criminalidade". Agora Sérgio Cabral está consertando suas declarações. Faz bem. Ele está fazendo um bom governo e não precisa ir com tanta sede ao pote do conservadorismo mais retrógrado.

sábado, 31 de março de 2007

Parece que Tarso Genro andou lendo este Blog...

O Ministro da Jurtiça, Tarso Genro, declarou que estuda tratamento diferenciado para jovens infratores/criminosos, na faixa dos 18 a 23 anos. Concretamente, isso se iniciaria com a construção de presídios especiais, onde esses jovens não se misturassem com o mundo de recuperação mais difícil da bandidagem. A luta pela recuperação dos jovens não pode parar nem ser reduzida a uma faixa mínima. Ao contrário, deve ser ampliada, como escrevemos aqui, no dia 13 de fevereiro, na postagem Minoridade penal: só não podemos perder a razão . Escrevi na época: "a redução da maioriadade penal tem razão? Não, claro que não. Primeiro, porque significaria indiferenciar os violentos criminosos como bárbaros irrecuperáveis. (...) O mais lógico, talvez, fosse ampliar a maioridade penal". Defendia, basicamente, que não podemos combater a barbárie sendo bárbaros. É preciso bom senso, usar a razão ao máximo, para podermos conquistar uma sociedade de paz. É o que Tarso Genro, aparentemente, está tentando.

quinta-feira, 1 de março de 2007

A manchete de hoje do Jornal do Brasil é vergonhosa

O Senado decidiu ontem adiar por 45 dias a votação sobre a proposta de redução da maioridade penal de 16 anos para 18 anos de idade. Pessoalmente acho uma atitude correta. É uma questão muita delicada, que merece boa discussão e que não pode ser decidida afoitadamente, sob o efeito de fortes emoções. É claro que isso não pode significar (como bem se preocupa o Jornal do Brasil) em lançar para o limbo decisões importantes na área de segurança que precisam de certa urgência. Até aí, acho que há um a acordo geral. O que não pode é um veículo de comunicação com a responsabilidade e a tradição do Jornal do Brasil utilizar recursos da imprensa marrom para vender mais jornal. O título "Até o próximo João Hélio" a rigor não tem nenhuma relação com a questão da redução da maioridade penal. Esse crime bárbaro foi praticado por quatro adultos que tinham um menor na sua companhia. A redução da maioridade penal não contribuiria em nada para evitar esse crime (e nenhum outro, na minha opinião) e a utilização desse recurso "jornalístico" é um a apelação de baixíssimo nível. É preciso mais respeito ao sentimento dilacerado da população. Seja não deixando de tomar decisões importantes que garantam segurança pública, seja não explorando esse sentimento na venda de jornais.