terça-feira, 2 de outubro de 2007
Eleição no Rio: com a chegada de Paes ao partido, o PMDB perde a paz mais uma vez
A falta de um nome forte para disputar a Prefeitura do Rio está deixando o PMDB, partido do Governador Sérgio Cabral, atônito e cada vez mais fraco. Sérgio Cabral sempre pensou em trazer o seu Secretário de Esportes, Eduardo Paes, do PSDB, para ser candidato, mas logo encontrou oposição do Deputado Picciani e do ex-Governador Garotinho (dois caciques também poderosos). Pensou em lançar seu Vice, Luiz Fernando Pezão, que, por mais que desejasse apoiar o amigo, não pôde aceitar. Sérgio Cabral começou a flertar com o PT, chegou até a dizer para Lula que o Deputado Molon era o melhor nome dos pré-candidatos petistas. Mas Cabral acabou caminhando paralelamente com Picciani e Garotinho no seu namoro com o DEM de César Maia. Quando a aliança com o DEM tornou-se inevitável, ele pulou fora, porque isso não interessava à sua aliança com Lula. Para esvaziar o projeto de parceria com César Maia, teve a brilhante idéia de lançar seu próprio nome como candidato. Funcionou um tempo, claro. Agora ele volta à carga trazendo Eduardo Paes para o PMDB e aumentou o alvoroço. Picciani bateu pé e lançou nota contra. Garotinho, que namora outras candidaturas, também não deve ficar calado. Não sei onde isso tudo vai dar, mas tenho certeza que alguém vai ser engabelado. Diria até que o Prefeito César Maia (também sem nome forte e precisando loucamente de uma aliança) precisa abrir o olho... Nota: noite dessas, em uma das sessões do Festival de Cinema, um grupo de jornalistas perguntou ao Deputado Carlos Minc (PT), atual Secretário de Estado de Meio Ambiente, se não seria o caso de ele disputar a Prefeitura. Ele desconversou, mas sua mulher respondeu: "Tá todo mundo perguntando isso..." É mais um nome para alimentar a confusão.
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