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Dilma realmente tem surpreendido. Soube ser “a candidata de Lula” e agora está sabendo ser “perfeita complementar de Lula”, conquistando as parcelas da classe média e da mídia que sempre foram hostis a Lula (que continua garantindo para seu governo apoio das faixas mais populares). Ninguém em sã consciência poderia esperar que Dilma obtivesse os mesmo índices do final do governo passado. A não ser, talvez, Cesar Maia, que na semana passada tentou provar que seria negativo o seu índice de 47% de “ótimo/bom” na avaliação de 3 meses do Datafolha. Ele chegou a afirmar que “em geral, a avaliação de um governo é maior que a intenção de voto em campanha, pois nessa intervém a ação de seus concorrentes”. Nas eleições pós-ditadura isso só ocorreu (ver quadro abaixo) no caso de Collor (26% de intenção de voto no primeiro turno), em uma eleição atípica, com 21 candidatos. Collor teve 36% de “ótimo/bom” na avaliação Datafolha de início de Governo. Depois disso, todos os eleitos tiveram avaliação de início de governo inferior à intenção de voto – sendo que todos eles (incluindo Collor e Itamar) apresentaram índices de avaliação abaixo de Dilma. Não podemos esquecer ainda que as piores avaliações foram de Fernando Henrique. Contra tudo e contra todos, Dilma está com avaliação excelente. Ela bem que poderia ter contado o segredo para Obama...