Na Folha de hoje, Fabio Cypriano escreve o artigo "Jobs massificou a utopia de design da Bauhaus", onde aponta os bits em comum entre as escolas Apple e Bauhaus, a grande escola de vanguarda do design, da arquitetura e das artes plásticas de 100 anos atrás. Não uso produtos Apple, até mesmo por questões (contraditoriamente) funcionais. Mas admiro Jobs e suas criações, assim como admiro a Bauhaus.
JOBS MASSIFICOU A UTOPIA DE DESIGN DA BAUHAUS
Fabio Cypriano
É difícil apontar alguém que melhor tenha conseguido pôr em prática, em escala massiva, a utopia da Bauhaus, a escola alemã criada em 1919, do que Steve Jobs.
O arquiteto Walter Gropius (1883-1969), fundador da escola, apregoava: "Queremos criar uma arquitetura clara, orgânica, cuja lógica interna será radiosa e despojada".
Essa pode ser uma descrição precisa de qualquer produto criado por Jobs.
Os computadores da Apple ou seus "gadgets" - como o iPod, o iPhone ou o iPad - seguem à risca o princípio de que "design é função, e não forma", como seu ex-presidente-executivo costuma defender, e o que é outro dos grandes pilares da Bauhaus.
Por isso, seus produtos não apenas inovaram no conteúdo -como no uso do MP3, nos celulares com touch screen e nos tablets- mas o design de todos eles foi criado de forma absolutamente coerente com o que cada um dos aparelhos proporciona.
E foi por isso que, assim como os produtos da Bauhaus, com seus móveis de linhas simples e funcionais, os produtos da Apple se tornaram os grandes objetos de desejo da primeira década do século 21.
Claro que por trás de tudo isso está também o designer inglês Jonathan Ive, mas se sabe que Jobs sempre exerceu grande influência sobre seu trabalho, obrigando, por exemplo, que o iPod tivesse um desenho mais simples.
Outra semelhança entre a Bauhaus e Jobs é a pesquisa de materiais.
O computador transparente, o iPod em plástico policarbonato branco e cromado reluzentes, os laptops em metais como titânio e alumínio, todos eles foram fundamentais na mistura de função e forma.
Mas um dos trunfos mesmo é a importância que Jobs deu aos detalhes, o que o colocou milhões de anos-luz das outras empresas.
A sofisticação das embalagens e até mesmo dos fios que conectam seus produtos à energia levaram a Apple a ser reverenciada por uma horda de viciados, que formavam filas intermináveis para o lançamento de cada nova invenção, como as filas para admirar a "Monalisa".
E a comparação, aqui, não é aleatória, pois Jobs, afinal, merece mesmo ser considerado o Leonardo da Vinci do século 21, como publicou a revista "Artinfo".
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domingo, 28 de agosto de 2011
Steve Jobs e a Bauhaus - bela homenagem
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terça-feira, 26 de abril de 2011
Obama vai vencer em 2012, apesar de vacilar em Guantánamo e de outras bobagens que fez
Recebi um “e-mail convocação” da Campanha Obama 2012 com um vídeo do Coordenador Jim Messina. É mais uma peça brilhante de marketing político. No vídeo anterior, tínhamos pessoas comuns falando sobre a reeleição de Obama e as possibilidades de votar nele em 2012, o trabalho de formiguinha para conquistar novos eleitores. O slogan é genial, “It begins with us” (“Começa com a gente” – ou, forçando um pouco, “Começa com Os Estados Unidos”). Nesse novo vídeo, Jim Messina fala diretamente para o cabo eleitoral (e/ou contribuinte) em potencial. Fala de estratégia, da missão de cada um, mostra mapas eleitorais, a conquista do voto um a um e mostra o que deverá ser o principal confronto de focos em 2012: enquanto os Republicanos deverão focar sua campanha em Obama, os Democratas deverão focar no povo. No incentivo direto pela inclusão de novos cabos eleitorais (e/ou doadores), o slogan “I’m in” (“Tô dentro” ou “ Tô nessa”), passo importante para a vitória. Que deverá contar também com uma reviravolta na economia – mais empregos, crescimento, retomada de uma liderança forte nacionalmente e internacionalmente.
Contra Obama, as promessas não cumpridas, a derrota de 2010, que o deixou refém de um Congresso com maioria Republicana, o enfraquecimento no cenário internacional, com perda de qualidade entre aliados, uma imagem algo titubeante, sem passar liderança forte. Mas com o apoio de uma economia recuperada, o eleitor americano poderá concluir que, apesar dos pesares, Obama é opção infinitamente superior a qualquer Republicano.
Em tempo: destaque, no vídeo, para o merchandising da Apple nessa pré-campanha presidencial...
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quinta-feira, 22 de março de 2007
A quem interessa o Big Sister?
Cerca de 2.000.000 já viram no YouTube esse vídeo igualando a pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, Hillary Clinton, ao demoníaco personagem "Big Brother", do livro futuro-negrista "1984", de George Orwell. O vídeo na verdade é uma "montagem" sobre um comercial famoso da Apple. A questão é: a quem interessa isso? O autor (que se chamaria Philip de Vellis) já teria confessado que trabalhou para uma firma prestadora de serviços na área digital (Blue State Digital) da campanha do adversário Democrata Barack Obama, mas não trabalha mais e na campanha de Obama todos declaram que não tinham conhecimento do assunto. Pode ser que Hillary Clinton seja a mais prejudicada, pode ser que Obama seja o mais prejudicado. Pode ser que os candidatos democratas, como um todo, sejam os mais prejudicados. Com certeza a maior prejudicada, nesses tempos de YouTube, é a mídia tradicional. Philip de Vellis estará a serviço de quem? (Veja o comercial original da Apple)
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