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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PIB de 2010 deverá ser o maior desde a ditadura

Essa história dos PIBs é usada como cada um bem entende. O Globo de hoje, por exemplo, tentou usar o PIB para dizer na sua manchete da primeira página que o Governo Lula foi um horror: "Brasil cresceu na era Lula menos que emergentes e AL". Esse dado é verdadeiro, mas, isolado, esconde a verdade principal: desde os tempos da ditadura, o Brasil não teve PIB tão alto como deverá ter este ano, cerca de 8%. Isso sem inflação, sem congelamento de preços (Plano Cruzado), além de ter reduzido a miséria e a pobreza e, consequentemente, de ter reduzido o abismo social. Sem contar ainda com o crescimento que o país teve no cenário mundial: em 2011, segundo projeções do FMI, a economia brasileira deverá ultrapassar a italiana, indo do oitavo para o sétimo lugar. Busquei aqui e ali a evolução do PIB brasileiro nas últimas seis décadas procurando identificar cada um dos governos. Vejam o gráfico (clique para ampliar):


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Globo versus Globo

O Globo de hoje é um bom exemplo de como opera um jornal que se preocupa mais em fazer oposição sistemática do que em informar com um mínimo de objetividade. Na sua primeira página, aquela que fica exposta nas bancas para ser vista por milhões de transeuntes, o jornal estampou "PIB cresce 5,8% com mais gastos de governo". Na parte interna, na seção de Economia, para ser lida apenas por especialistas ou curiosos mais especializados, a manchete é outra: "Demanda interna faz país crescer 5,8%". Na reportagem completa você pode ter informações que de certo modo desmentem a manchete da primeira página. Por exemplo: "um crescimento totalmente baseado na demanda doméstica"; "As eleições fizeram o consumo do governo ter a maior expansão desde o primeiro trimestre de 2002, também ano eleitoral. Frente ao fim de 2007, o avanço foi de 4,5%. Contra o início do ano passado, 5,8%. Rebeca (Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE) afirma que as taxas foram puxadas pelos estados e municípios"; "a demanda doméstica avançou 7,7%"; "Outro ponto positivo foi o investimento (alta de 15,2%)"; "aumento do crédito habitacional, que fez a construção registrar seu melhor momento desde 2004, como um dos fatores a impulsionar o investimento no início do ano"; "foi a indústria que levou a economia no primeiro trimestre". Todo cuidado é pouco ao se ver um jornal hoje em dia.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O IBGE vai acabar infartando Fernando Henrique e Míriam Leitão

Para desespero dos corvos de plantão, o IBGE informou ontem que o crescimento da indústria brasileira em dezembro de 2006 foi acima do esperado. Apesar do índice anual (2,8%) ter sido inferior ao de 2005 (3,1%), o resultado foi mais disseminado pelos diferentes setores e por isso mais equilibrado. Os programas sociais impulsionaram a produção de transformadores de energia e computadores, com alta de 51,6%. Houve expansão de 5,7% na produção de bens de capital, significando mais investimentos na economia. O setor que reúne máquinas para escritório e equipamentos de informática teve alta de 51,6%! (em 2005 tinha crescido 17,3%) "A produção de computadores explica essa alta e foi impulsionada, segundo Isabella Nunes, do IBGE, pelo programa Computador para Todos, do governo federal, que promoveu isenções fiscais e ofereceu condições de crédito mais vantajosas (...)Também houve alta de investimentos em máquinas para construção (8,2%) e para energia (22,2%). Este último segmento, mais do que representar ampliação da oferta de energia do país, reflete os efeitos de outro programa federal: o Luz para Todos, que incentivou a produção de transformadores.Outros números mostram o avanço dos investimentos. Estêvão Kopschitz, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lembra que os insumos para construção civil, que são destinados a ampliar a capacidade produtiva da economia, cresceram 4,5%, bem acima do 1,3% de 2005. (...) Os bens de consumo não-duráveis (como vestuário e alimentos, mais influenciados pelo mercado interno) avançaram 1,4% frente a novembro.Vendas e estoques indicam aquecimento em 2007. Dezembro também registrou alta de 2,92% nas vendas industriais, em relação a novembro, divulgou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o melhor desempenho em 28 meses. Essa alta foi acompanhada por uma acomodação no número de horas trabalhadas na produção (-0,69% frente a novembro), o que indica queda nos estoques.— Este ano já começa embalado — afirmou Paulo Mol, da CNI. — Iniciamos 2007 com estoques em baixa, o que é o sonho de todo o empresário". E - horror dos horrores para a corvaria! - o IBGE informou que "a indústria terminou o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma expansão média anual de 3,5% — taxa superior ao 1,3% e aos 2,5%, respectivamente, do primeiro e do segundo mandatos de Fernando Henrique Cardoso". Leia também em O Globo.