terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
O IBGE vai acabar infartando Fernando Henrique e Míriam Leitão
Para desespero dos corvos de plantão, o IBGE informou ontem que o crescimento da indústria brasileira em dezembro de 2006 foi acima do esperado. Apesar do índice anual (2,8%) ter sido inferior ao de 2005 (3,1%), o resultado foi mais disseminado pelos diferentes setores e por isso mais equilibrado. Os programas sociais impulsionaram a produção de transformadores de energia e computadores, com alta de 51,6%. Houve expansão de 5,7% na produção de bens de capital, significando mais investimentos na economia. O setor que reúne máquinas para escritório e equipamentos de informática teve alta de 51,6%! (em 2005 tinha crescido 17,3%) "A produção de computadores explica essa alta e foi impulsionada, segundo Isabella Nunes, do IBGE, pelo programa Computador para Todos, do governo federal, que promoveu isenções fiscais e ofereceu condições de crédito mais vantajosas (...)Também houve alta de investimentos em máquinas para construção (8,2%) e para energia (22,2%). Este último segmento, mais do que representar ampliação da oferta de energia do país, reflete os efeitos de outro programa federal: o Luz para Todos, que incentivou a produção de transformadores.Outros números mostram o avanço dos investimentos. Estêvão Kopschitz, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lembra que os insumos para construção civil, que são destinados a ampliar a capacidade produtiva da economia, cresceram 4,5%, bem acima do 1,3% de 2005. (...) Os bens de consumo não-duráveis (como vestuário e alimentos, mais influenciados pelo mercado interno) avançaram 1,4% frente a novembro.Vendas e estoques indicam aquecimento em 2007. Dezembro também registrou alta de 2,92% nas vendas industriais, em relação a novembro, divulgou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o melhor desempenho em 28 meses. Essa alta foi acompanhada por uma acomodação no número de horas trabalhadas na produção (-0,69% frente a novembro), o que indica queda nos estoques.— Este ano já começa embalado — afirmou Paulo Mol, da CNI. — Iniciamos 2007 com estoques em baixa, o que é o sonho de todo o empresário". E - horror dos horrores para a corvaria! - o IBGE informou que "a indústria terminou o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma expansão média anual de 3,5% — taxa superior ao 1,3% e aos 2,5%, respectivamente, do primeiro e do segundo mandatos de Fernando Henrique Cardoso". Leia também em O Globo.
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