segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
A reforma ministerial já está feita
A reforma ministerial, desde o princípio, teve apenas dois pontos a considerar seriamente: 2010 e Michel Temer. O problema de 2010 é que existem dois ministeriáveis que também são pré-candidatos a Presidente da República, Marta e Ciro. Lula precisava que Ciro aceitasse ser Ministro, para poder também nomear Marta. Ciro não é bobo e sabe que, por enquanto, ele tem mais cacife fora do ministério do que sendo Ministro. Terá tudo que precisa do governo e poderá mostrar-se ao mesmo tempo independente para virar oposição diante de qualquer ameaça, vinda de São Paulo ou do próprio Presidente. Conta a seu favor grande número de eleitores no up-Nordeste (perdendo em favoritismo apenas para o próprio Lula), além de boa aceitação no Sul-Sudeste. Lula dificilmente escolherá Marta para Ministra, sem o Ciro para equilibrar (a questão não é tanto a "pressão" petista ou o fato de ela se transformar em uma "sombra" para seu governo; o Governo não quer, com a sua presença no ministério, fortalecer oposições). Como Ciro já disse que não aceita a proposta, a questão é saber qual a melhor posição para Marta. Quanto a Michel Temer, ele está no Governo - vencendo ou perdendo (pouco provável) para Nelson Jobim. Ele detém votos importantes na Câmara e nas convenções estaduais do PMDB (no Rio, por exemplo, onde Temer pode favorecer Sérgio Cabral ou Garotinho). Com relação aos outros cargos nos ministérios, tudo continua como está ou como a mídia disse que está.
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