O Deputado Federal Rodrigo Maia, do PFL do Rio de Janeiro, deu entrevista a Paulo Henrique Amorim tentando explicar por que o PFL (Partido da Frente Liberal) pretende mudar o nome para PD (Partido Democrata). No começo, ele se atrapalhou um pouco e disse que "o PFL entende que a forma de se renovar, gerar expectativas futuras, é exatamente a renovação". Claro que devemos dar um desconto, afinal todos nós estamos sujeitos a sem querer dizer esse tipo de obviedade no meio de uma entrevista. Mas a questão é que é difícil tentar explicar essa "renovação" do PFL. Continua o Deputado Rodrigo Maia: "O nome acabou representando para boa parcela da sociedade brasileira uma coisa já antiga, do passado". Corretíssimo. Mas ele não esclareceu que essa percepção negativa foi passada pelo partido e seus representantes antigos, do passado. E não adianta pensar que mudar o nome apropriando-se do nome do Partido Democrata americano vai adiantar alguma coisa. Seria mais apropriado, aliás, mudar para Partido Republicano - mas esse nome não está disponível. O PFL procura se aproximar de um modelo como o Partido Conservador inglês, mas para isso não precisava mudar o nome. Ao contrário, acho que deveria reforçar a sigla PFL e dar mais clareza ao eleitor do que pretende com sua "modernidade conservadora". Acredito que, se depender apenas da mudança de nome, essa "renovação" não vai gerar renovação.