segunda-feira, 21 de julho de 2008
Globo às margens do erro
A Rede Globo não toma jeito. Sempre que apresenta resultado de pesquisas, inventa margens de erros absurdas que deixam qualquer um atônito. Nessa última divulgação, por exemplo, era ridículo ouvir o apresentador declarar que candidatos que tinham 1% das intenções de voto estariam, "dentro da margem de erro, com 0% a 4%". Ora, trata-se de uma pesquisa de 805 entrevistas, que tem margem de erro máxima de 3,45% para mais ou para menos. (o Ibope só trabalha com números inteiros, por isso declara margem de 3%). Quando se diz "margem de erro máxima" isso significa que se aplica para quem tem 50% das intenções de voto. Para quem tem 1%, por exemplo, a variação fica entre 0,31% e 1,69%. O Molon, por exemplo, com 3% das intenções, tem variação entre 1,82% e 4,18% - não entre 0% e 6%, como foi anunciado. Isso faz grande diferença. Não entre os estrategistas (que certamente sabem ver os índices corretamente), mas, sim, entre os eleitores, que ficam com a percepção distorcida.
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