segunda-feira, 16 de março de 2009

Lula-Obama: a sorte do Brasil é que a mídia de lá não é da nossa Oposição

A nossa mídia trata o encontro Lula-Obama como um encontro vazio, sem resultados práticos, semelhante aos encontros com Bush. “Lula-Obama é remake sem novidades de Lula-Bush”, diz o título da análise da Folha, sintetizando as análises de nossa mídia. Claro que não se poderia esperar do encontro venda monumental de etanol e petróleo para os Estados Únicos, nem que fosse suspenso o bloqueio a Cuba graças a Lula. Nada bombástico assim estava realmente em pauta. O que mudou foi o modo de ver o Brasil, e podemos comprovar isso por parte do noticiário internacional. “Os líderes estrangeiros que quiserem ter uma boa química com o Presidente Barack Obama devem tomar lições com o Pesidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva”, mancheta a Reuters. “Maravilhoso encontro de mentes”, destaca o importante site Político, referindo-se à definição do encontro feita por Obama. “Nasce a aliança Obama-Lula – os presidentes criam um novo modelo de relações no continente americano”, diz El País, saudando o encontro. “Bye, bye, México”, declara o Miami Herald, elegendo Lula como novo porta-voz da América Latina. O Washington Post publica reportagem (Brazil's President to Seek a Change in U.S. Approach) com Thomas Shannon, secretário-assistente de Estado para a região, que descreve o Brasil como "o tipo de parceiro que nós queremos". Ficou mais do que evidente o salto de qualidade nas relações do Brasil com os Estados Unidos, assim como tem acontecido em outras partes do mundo. A nossa mídia oposicionista sabe disso. Mas por questões políticas não quer admitir. Felizmente ela não representa o governo americano...