quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sim, Cesar Maia aderiu ao voto plebiscitário

A Oposição, cada dia que passa, mais confusa está. Divide-se que nem células descontroladas, não sabe se vai ou se fica, se fica ou se vai. Os tucanos estão cada vez mais divididos entre Serra e Aécio. Os Demos, que já estão divididos entre Bornhausen e Maias, também se dividem entre Aécio e Serra. Mas, se bobear, criam nova divisão e lançam candidatura própria – afinal, o objetivo é aumentar a sua base parlamentar e, para isso, além das alianças regionais, precisam de massificação do número 25 (claro, é uma hipótese remota). Essas confusões internas têm uma única origem: as pesquisas. A Oposição percebeu que a chapa Lula-Dilma está em alta, Serra está em baixa e Aécio ainda é uma promessa difícil de vingar. Não bastasse o bate-boca público, a Oposição ofereceu mais um indício de que está entregando os pontos. No seu Ex-Blog de hoje, Cesar Maia admitiu que a eleição será plebiscitária, entre o Sim a Lula e o Não a Lula. O problema é que a Oposição até agora não sabe como dizer Não... Vejam o Ex-Blog:
QUADRO ELEITORAL PARA PRESIDENTE COMEÇA A SER DEFINIDO!
1. PlanalTo conta com a impossibilidade da candidatura de Ciro, na medida em que este não conseguiu atrair outros partidos, não terá candidatos a governador em mais que uns 4 estados, não terá tempo de TV suficiente e nem como captar 100 milhões de reais, que segundo os entendidos do PlanalTo, é o mínimo para se fazer uma campanha presidencial.
2. Dessa forma, se teria uma campanha plebiscitária, como Lula deseja, com um ruído - Marina da Silva - que seria o escoadouro dos votos dos decepcionados com o transformismo do PT no governo, dos mensalões, da "flexibilidade" com a base aliada, do retorno dos antigos "senhores"... Nesse raciocínio, não haveria risco do voto higiênico passar para a oposição: iria para Marina.
3. Sendo assim, na eleição, Marina seria ignorada - falaria sozinha - e a meta seria ter mais votos que a oposição na proporção da votação da Marina, resolvendo em primeiro turno.
4. Do lado da oposição - (FSP, 28) "Se o partido em dezembro ainda não tiver decidido seu candidato a presidente, seja por prévias ou não, eu sou candidato ao Senado já a partir de janeiro. Não posso esperar. Preciso então cuidar de Minas", disse Aécio. (...) Serra não comenta ultimato de Aécio: "Esse tititi não leva a nada"-, o quadro caminha para a candidatura de Aécio ao Senado.  Paradoxalmente, Aécio saindo, em dezembro, da disputa, compulsoriamente, Serra é candidato a presidente. Curiosamente - independente da vontade dele - seu "lançamento"  estará antecipado. E desaparece a hipótese de reeleição a governador.