Militei uns tempos na política do Rio de Janeiro e em 88 fazia parte de um grupo que se aproximou do PT. Havia eleições e Jorge Bittar era o candidato petista para Prefeito do Rio. Como publicitário, propus para a campanha majoritária o tema "Tá na hora de Bittar", que o candidato aceitou imediatamente - mas alguns setores da direção partidária foram contra porque "não falava de socialismo". Depois apresentei um jingle (que fiz em parceria com Fernando Mendes). O produtor Liminha quando ouviu o "monstro" pela primeira vez declarou: "Hayle, isso é tão bom que produzo de graça". E fez isso mesmo, produziu no seu estúdio, "Nas Nuvens". Antes de virar sucesso de campanha, o jingle teve que concorrer com 10 sambas - e o nosso jingle era o único rap... Eram tempos primitivos, comparados com os de hoje. Recursos zero. Todo mundo trabalhando praticamente de graça. Não fiquei o tempo todo na campanha, ainda participei do primeiro dia da gravação do Horário Eleitoral. Recuperei o clip (esqueci o nome da produtora - CVT?), com o jingle censurado em um trecho que falava do "Centrão" dos tempos de Sarney. Recordar é re(vi)ver. Vejam o clip, com apresentação de Paulo Béti.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Bittar 88: recordar é viver
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