domingo, 30 de agosto de 2009
Eleições 2010, Rio: Lindberg começa a recuar
Na reportagem de hoje do Globo, “Lindberg briga contra aliança PT-PMDB no Rio. E pode dificultar palanque para Dilma no estado em 2010”, feita por Maiá Menezes, temos o tradicional bombardeio de palavras de Lindberg (PT) contra a aliança PT-PMDB no Rio de Janeiro: “O PMDB quer (...) uma aliança que mate o PT!” ou “Querem a Dilma refém deles no Congresso”. Por trás de tudo estaria a sua candidatura ao Governo, que vem alardeando há algum tempo, apesar de irritar o Planalto. Mas há dois detalhes novos nessa reportagem. O petista rebelde diz agora “ter 60% do partido”. Ele já teria dito antes que eram 75%, depois 70%, depois 65%... Essa redução nas “projeções” poderia significar que está caindo na real. Pelo que apurei, estaria em torno de 40%-45% o número provável de eleitores que não votariam no Deputado Luiz Sérgio (aliancista) para presidente do partido em novembro. Seria mais ou menos esse o eleitorado favorável à proposta da candidatura Lindberg contra a aliança no Rio. Outra pista sutil de seu recuo está no final da reportagem: “Só sairei candidato ao Senado se não conseguir ser candidato ao governo” — diz ele. Ora, até poucos dias atrás era “tudo ou nada”. Ele já admite a hipótese do Senado e já ouvi de seus assessores que a alternativa real seria Deputado Estadual. Eu sempre entendi que sua meta verdadeira é ser um candidato viável em 2012 (Prefeitura do Rio) ou 2014 (Governo do Estado). O que ele faz hoje é apenas se cacifar para o futuro. Quem não deve gostar nada desse recuo são seus aliados Garotinho e César Maia.
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