quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Será que aparelharam o "entre aspas" da Mônica Waldvogel?

Talvez fosse o caso de dizer que deu pena ver a Mônica Waldvogel conduzir o seu mais recente programa anti-Lula, o "entreaspas" exibido na última terça-feira. No afã de produzir material de propaganda da Oposição, não se preocuparam em apurar a fundo as informações sobre o novo "escândalo". Aliás, isso é comum, mas dessa vez o feitiço virou contra o feiticeiro. Tudo pronto para provar que a Receita estava "aparelhada" pelo Governo, que estaria fazendo "política" com o dinheiro do contribuinte, e que a Petrobras era uma grande vilã que não estava pagando tudo que devia ao Fisco. Um fiasco, isso sim. Os três senhores acima de qualquer suspeita, capitaneados pela figura de Everardo Maciel, chefe da Receita nos governos de Fernando Henrique, convidados para valorizar o "espetáculo", discordaram de tudo que a pauta insinuava. Mônica ficou visivelmente desarvorada, sem saber o que fazer com a ironia e as perguntas ferinas que tinha acalentado para aquele momento. Não explicaram para ela a guerra interna da Receita que corria solta independente do "caso" Lina-Dilma. A Petrobras estava errada? Não, respondeu Everardo com veemência, esclarecendo que foi ele mesmo responsável pelas normas que permitiam a Petrobras (e qualquer empresa) agir como agiu. O Governo "politizou" a Receita? Não, responderam uníssonos os três convidados, acrescentando: "Quem politizou foi a Lina". Agora, as perguntas que não querem calar: quem foi o responsável por tamanho desastre telejornalístico? quem confiscou a produção? quem quer sabotar Mônica Waldvogel? será que o novo diretor de jornalismo é do PT? Você já deve ter visto a entrevista. Se quiser revê-la, essa é uma chance.