sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Gabeira imita Mercadante
Mais um político se atrapalha com a internet. Dessa vez foi o "antenado" Deputado Federal Fernando Gabeira. O Uol Notícias, em reportagem de Piero Locatelli ("Gabeira pede desobediência à lei que ele próprio endossou na Câmara"), divulgou ontem (atualizado às 18,23h): "O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) estava presente na reunião em que foram votadas as restrições para a internet na campanha eleitoral. Na sessão, o deputado não se opôs ao projeto. Agora, o deputado conclama o povo a desobedecer as regras com as quais ele foi condescendente na Câmara dos Deputados". O site da Uol continua: "Apesar de chamar as pessoas para a "briga feia", Gabeira não se opôs formalmente ao projeto na sessão extraordinária realizada às 13h30 do dia 8 de julho de 2009 no plenário da Câmara dos Deputados. Lá, as restrições à internet foram referendadas sem objeções pelos congressistas. O UOL Notícias não encontrou registros de emendas ou discursos de Gabeira para evitar as novas regras. O deputado também não pediu o registro nominal dos votos, para que fossem contabilizados aqueles que não concordavam com a proposta. Gabeira disse ao UOL Notícias que só se lembra de ter falado da restrição de outdoores na sessão". Gabeira teria se justificado dizendo que "era contra [as restrições na internet], mas não havia correlações de forças para isso. Eu nunca me preocupei porque essa lei não vai pegar". Mais ou menos às 18 horas, Gabeira voltou ao Twitter: "UOL conta a história pela metade. Comuniquei aos líderes que era pela liberdade na internet." Uol respondeu com a declaração do Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), co-relator do projeto de reforma eleitoral no Congresso, que criticou Gabeira: "Eu respeito o Gabeira, mas lamento o posicionamento oportunista dele. O texto que ele está criticando foi votado por ele, ele deveria prestar mais atenção no que faz". Pelo jeito, Mercadante fez escola na arte de dizer uma coisa na internet e se desdizer na vida real (a bem da verdade, Mercadante é totalmente coerente na defesa da liberação radical do uso da rede na eleição).
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