quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ok, a crise acabou. Por causa de quem, por causa de quê?
Agora à tarde, em discurso na comemoração dos 45 anos do IPEA, Lula disse que “viu na televisão muitos analistas econômicos que, se vivessem de bônus pelos acertos de suas previsões, acabariam falidos”. É verdade. Os Cavaleiros do Apocalipse cavalgaram por aqui livres, leves e loucos. Erraram em tudo, porque, em vez de fazer análises, torceram por um final catastrófico. Mas agora tudo é passado. O PIB está em alta, o emprego está em alta, as exportações estão crescendo, a indústria volta a crescer, o consumo dispara, a Bovespa bate recordes, o futuro já começou para o Brasil. E por que tudo isso foi possível? Temos vários pontos de partida para as respostas. Fundamentos da economia sólidos, política fiscal correta, regulação rígida do sistema financeiro, moeda estável, commodities, desoneração, oferta de crédito, mercado interno, nova classe média, etc, etc, etc. Todos os caminhos levam ao mesmo resultado. Mas prefiro escolher “a opção pelos mais pobres”. Soa lugar comum, mas foi o profundo “sentimento social” do Governo Lula que fez a diferença. O investimento social em larga escala gerou consumo, fortaleceu a economia, e foi além. Provocou as condições políticas necessárias para o Governo Lula enfrentar os poderosos grupos de oposição e, com isso, por exemplo, tomar as medidas econômicas que transformaram o tsunami internacional em marola nacional. Ainda no discurso de hoje à tarde, relacionando algumas conquistas de seu Governo, Lula disse: “Gente, o Brasil entrou no primeiro mundo”. É isso mesmo, entramos no primeiro mundo. Com ajuda dos que eram mais pobres.