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As duas eleições do Rio
Nos próximos dois dias, serão definidos os ocupantes de dois cargos importantíssimos para o destino do Rio de Janeiro, o de Presidente do PT-RJ e o de Presidente do Flamengo. A eleição do PT, neste domingo, está no estágio mais simples, segundo turno entre os candidatos Luiz Sérgio (40% no primeiro turno) e Lourival Casula (25%). O que mais se fez do dia 22 para cá foi um corre-corre de negociações para conquistar apoios dos que não passaram do primeiro turno. Aparentemente, Luiz Sérgio levou vantagem. Já no Flamengo a história está mais complicada. São seis candidatos (um sétimo teria desistido) disputando a direção do clube de maior torcida do Brasil, em um ano em que o Flamengo esteve perto de ser rebaixado no Campeonato Brasileiro e amanhã pode se tornar hexacampeão; em que o presidente eleito (ex- Deputado Márcio Braga) teve que se afastar por motivo de saúde (depois por supensão do TJD) e o presidente em exercício (Delair Dumbrosck) comandou a recuperação do Clube e é um dos seis candidatos; e em que uma das candidaturas é de uma mulher (a campeã de natação e Vereadora Patrícia Amorim) com chances reais de ser eleita. As eleições do Flamengo sempre foram muito movimentadas e a peça mais disputada entre os concorrentes é o cadastro atualizado dos cerca de 5.000 sócios com direito a voto (boa parte de moradores vizinhos – não necessariamente flamenguistas, mas que precisam do Clube como principal opção de lazer). O marketing é todo fundamentado no marketing direto, que até a eleição passada tinha o predomínio do telemarketing, mas, este ano, passou a ser dominado por um poderoso trabalho de e-mailing marketing aliado à mala direta tradicional. Houve um candidato, o empresário Plínio Serpa Pinto, que andou utilizando comerciais de televisão – mídia, em minha opinião, desnecessária nesse processo. Dos 5.000 sócios, apenas 50% devem comparecer e o vencedor deve obter cerca de 850 ou 900 votos. A disputa deste ano foi a mais intensa de todas que testemunhei (sempre que estou no Rio compareço à votação). Minha caixa de e-mail vive lotada de mensagens, e meu celular recebe chamadas frequentes. Ontem mesmo recebi telefonema do Tonico Antunes, irmão do Zico, pedindo voto para o seu candidato. Na pressa, ele se esqueceu de dizer quem era o candidato. A paixão rubro-negra é mesmo indecifrável.
Os candidatos, por ordem alfabética:
- Clóvis Sahione (65 anos, criminalista bem conhecido)
- Delair Dumbrosck (60 anos, presidente interino)
- Lysias Itapicurú (35 anos, empresário, ex-nadador)
- Patrícia Amorim (40 anos, 28 vezes campeã brasileira de natação, 29 recordes sulamericanos, Vereadora no Rio de Janeiro)
- Pedro Ferrer (59 anos, o Pedrinho do Basquete)
- Plínio Serpa Pinto (62 anos, empresário do ramo imobiliário)
Segundo algumas pesquisas divulgadas, os que têm maior chance de vitória são, por ordem alfabética, Clóvis, Delair e Patrícia. Mas os altos índices de abstenção e indecisão deixam tudo indefinido.