sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Está provado: desmamar não significa lançar a cria às feras
Em agosto, a campanha Dilma vinha muito bem, obrigado. Começou o Horário Eleitoral Gratuito, e ela continuou avançando, crescendo cada vez mais nas pesquisas, à medida que as pessoas percebiam que era ela a candidata de Lula. O candidato Serra tentou fazer o mesmo, sem êxito. Em setembro, não sei por que cargas d’água, “mentes brilhantes” da Campanha Dilma inventaram a “operação desmame”. Pressionadas pelo discurso desesperado da oposição, que acusava Dilma de “marionete”, essas mentes resolveram tirar Lula de cena para provar que a candidata tinha condições de andar sozinha. Deveriam ter consultados as mães desse país, que lhe diriam algo assim: “Meu filho, quando lhe desmamei, nos seus 6 meses, apenas avancei na sua alimentação, não abandonei você. Na época, você apenas engatinhava, ainda não tinha condições de andar sozinho”. Pois bem, foram cerca de 15 dias sem Lula, 15 dias de abandono total, o que contribuiu decisivamente para colocar Serra no segundo turno. Caíram na real, e Lula voltou à campanha, fato que celebrei aqui e que fez Dilma voltar a crescer. Hoje, leio na Folha (“Lula, pobres e NE contam história da eleição”): “a grande história da eleição presidencial de 2010 ainda parece depender da condição social do eleitor, do Nordeste e do prestígio de Lula. É o que indica a pesquisa Datafolha. (...) O prestígio de Lula cresceu mais após o primeiro turno. O voto em Dilma está bem correlacionado ao voto em Lula em 2006 e ao prestígio do presidente”. Não parece óbvio? Não é absurdamente elementar, meus caros Watsons? Felizmente, foi feita a correção, e Pesquisa Datafolha de hoje confirma Dilma na faixa dos 12 pontos à frente nos votos válidos. Logo após a vitória, Dilma poderá ensaiar seus primeiros passos sozinha. Com certeza, dará grandes passos à frente.
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