sábado, 30 de outubro de 2010

Os debates da Globo têm audiência, mas não têm importância


Debate a dois dias da eleição costuma ser de consagração, não de alteração. A audiência é alta, mas o formato não permite comparações mais profundas – principalmente porque não dá tempo às “versões” do dia seguinte ganharem corpo. É um formato “politicamente correto”, onde o cidadão leva aos candidatos as questões que mais afligem a sociedade. Sem confrontos, sem agressões, sem espaço para grandes baixarias. Mas o eleitor não escolhe pelo “politicamente correto”, da mesma forma que acaba não votando nos que considera “mais honestos”. O eleitor quer ousadia e empatia, quer um candidato que seja vitorioso logo de cara. O eleitor quer vibrar com o seu voto. É por isso que os debates iniciais, em emissoras às vezes com audiência bem mais baixa, costumam ter mais importância. A mídia trabalha mais intensamente suas versões e os próprios candidatos, em seus programas eleitorais, com audiência bem mais alta, podem apresentar suas versões e seus melhores momentos. O show global, como o que vimos ontem, só tem valor comercial – e como tem...