domingo, 24 de outubro de 2010
Meia Lua, Shima
O Shima (Julio Shimamoto) é uma das maiores (junto com Jayme Cortez e Flávio Colin) referências em história em quadrinhos no Brasil. Claro, não podemos esquecer de Maurício de Souza, Ziraldo, Henfil e muitos outros excelentes nesse campo. Mas é que esses três identifico muito mais com a paixão pelos quadrinhos (assim como o Sérgio Augusto, um professor da UnB que esqueci o nome e também a Ana Recalde, que conheci recentemente). Na década de 70, eu e o Shima nos conhecemos em uma agência de publicidade carioca, a Caio, e fizemos parceria não apenas em publicidade como, principalmente, em história em quadrinhos. Além de uma tira de quadrinhos diária que colocávamos no mural da agência de publicidade, criamos e lançamos no mercado a revista em quadrinhos mensal Kiai, de artes marciais, evidente, que durou exatos 5 edições, sufocada pela importada Kung Fu (em cores e mais barata). Até essa época eu era apenas um teórico dos quadrinhos, com alguns artigos publicados em Brasília, São Paulo e Rio (aliás, quando fui estagiário do Departamento de Pesquisas do JB, o Gabeira - que era o Chefe - me orientou em um texto sobre as mulheres e os quadrinhos). Com o Shima, virei autor. E foi uma grande alegria. Semana passada, o Shima, que mora no Rio e continua vivendo basicamente de quadrinhos, me ligou para dizer que tinha reeditado o Meia Lua, personagem que criei com ele e que fazia parte da Kiai. Me mandou exemplares da reedição, que compartilho com vocês aqui no Blog (basta clicar na capa aqui do sidebar para acessar o slideshare). Espero que gostem, apesar de bem antiga.
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