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sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Está explicado por que cansaram do Nordeste: Bolsa-Família não tem produto Phillips...
Está certo o presidente da Phillips para a América Latina, Paulo Zottolo, integrante do movimento (quase parando) "Cansei". O Piauí não faz falta. Nem faz falta o Nordeste. Nem faz falta o povo de todo o Brasil que muitas vezes não tem nem mesmo luz elétrica - e por isso não pode comprar lâmpadas Phillips. A maioria dos homens desse "povinho dispensável" vive barbuda ou com a barba por fazer - se tivesse vergonha na cara compraria barbeadores elétricos Phillips. A musicalidade desse povo metido a besta parece que vem do berço, porque "eles" não compram aparelhos de rádio ou toca-discos Phillips. É um povo que vive do Bolsa-Família - onde até hoje não se viu um único produto Phillips! É natural. portanto, que o senhor Paulo Zottolo tenha cansado. Como ele, está cansada toda essa minoria elitista, que não suporta a idéia de conviver com um povo que está lutando, trabalhando de verdade, buscando uma vida melhor, disposto a ser feliz, sem medo.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Classe Média X Lula
As eleições passadas demonstraram e as chamadas "crises" recentes confirmam que está se formando um fosso quase intransponível entre Lula e a Classe Média. Obviamente, essa intolerância está sendo estimuladas por grupos oposicionistas e está longe de levar a índices de reprovação ao Governo que sejam superiores aos índices de aprovação popular. Mas é sempre bom para o Governo estar alerta. Garotinho, ex-Governador do Rio de Janeiro, costumava se preocupar com a rejeição que tinha na Classe Média - até que desistiu. Ele dizia: "Sou do Interior, não sou elegante, sou casado, tenho família, tenho 9 filhos, sou evangélico, não bebo, não fumo e não cheiro - a Classe Média nunca vai me aceitar!" Deu no que deu. A Folha de hoje publica análises da última pesquisa Datafolha e reproduzo aqui a entrevista de Leandro Beguoci com José Murilo de Carvalho, "Classe média se divorciou de Lula":
FOLHA - As vaias na abertura do PAN, o movimento "Cansei" e o desgaste com o caos aéreo são sinais são sinais de que acabou a lua-de-mel entre Lula e a classe média?
JOSÉ MURILO DE CARVALHO - A lua de mel com a classe média já tinha acabado desde a última eleição. As vaias são a manifestação pública do divórcio.
FOLHA - Quais são as conseqüências para o governo, a curto e médio prazo, da insatisfação? E para o PT?
CARVALHO - Alguém disse muito bem que já se pode ganhar eleição sem classe média, mas é difícil governar sem ela. A classe média não pode ser conquistada com Bolsa Família nem com aumentos de salário mínimo. E ela é a senhora da opinião pública. Se quiser evitar mais turbulência, o governo terá que aplacá-la de algum modo.
FOLHA - O PT e a CUT traçam paralelo entre movimentos insatisfeitos com Lula e organizações apoiadoras do golpe de 1964. Há quem compare o "Cansei" à "Marcha da Família". O que o sr. acha disso? CARVALHO - Retórica. Dificuldade de aceitar oposição. Dificuldade de entender que há um Brasil importante entre o povão e os banqueiros.
FOLHA - Há alguma chance de o "Cansei" ganhar força a ponto de se tornar um grupo comparável ao MST durante o governo FHC?
CARVALHO - Não. A classe média foi para as ruas em 1964 movida por razões religiosas e políticas, como o anticomunismo, muito fortes, que tinham respaldo popular. Voltou na campanha das Diretas e na do impeachment do presidente Fernando Collor, também com respaldo popular. Agora, esse respaldo é improvável. O apagão ético e o apagão aéreo ajudam a desmoralizar o governo, mas não despertam a reação das classes mais pobres.
FOLHA - O presidente disse que a oposição está brincando com a democracia e que ele sabe, como ninguém, colocar gente nas ruas. Qual o significado das declarações?
CARVALHO - É uma ameaça explícita. É o que [o presidente] Hugo Chávez fez e está fazendo na Venezuela.
FOLHA - Lula também disse que só os pobres poderiam estar bravos, já que os ricos ganharam muito dinheiro com seu governo. Isso é uma forma de "getulismo" escancarado?
CARVALHO - As afirmações do presidente nunca primaram pela coerência. A política econômica tem, sim, favorecido, e muito, o setor financeiro e bastante o povão, mas não a classe média, que está espremida entre o tostão e o milhão. E é ela que está mais descontente.
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terça-feira, 31 de julho de 2007
O "Cansei" já cansou
O movimento anti-Lula chamado "Cansei" fez jus ao nome. "Veio, ninguém viu e cansou". Reuniu mais espaço na mídia do que pessoas. Tentou decolar com os parentes das vítimas do acidente da TAM, mas faltou pista. Ou melhor, sobrou pista, faltou gente. A caminhada, dizem eles, tinha 6.000. Mas um comentário aqui do Blog fala em bem menos:"quem esteve lá sabe que não passavam de umas 800 pessoas, somando os funcionários do estado e da prefeitura que apareceram depois da passeata começar, com não mais que 200 gatos pingados". A Reportagem de Bob Fernandes, ontem, no site Terra, fala assim: "Domingo, 11 da manhã. Com duas mil pessoas, a passeata convocada pelos movimentos "Cansei" e "Cria" (Cidadão, Responsável, Informado e Atuante) chega à avenida 23 de Maio. O coro "Fora Lula" já deu o tom à caminhada. A alguns quilômetros dali, abraçado e beijado por populares e tendo a seu lado o senador Marco Maciel (DEM-PE), o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo assiste à missa na Catedral da Sé". A frase de Cláudio Lembo faz o título da reportagem: "Cansei" é termo de dondocas enfadadas". A propósito do "Cansei" (e outros cansaços...), Jânio de Freitas escreve hoje na Folha: Cansei de "basta!" O que mais deseja a riqueza do país, além das condições inigualáveis que o governo Lula lhe proporcionou? Sobre a mistura do movimento com parentes das vítimas, disse Lembo na sua entrevista ao Terra: "a utilização de um movimento natural e de motivos nobres por movimentos e atividades com claro objetivo político ainda que tentem escondê-lo ou apesar de o negarem, e isso não é bom (...) porque as vítimas, os familiares, os acidentes comoveram o Brasil e produziram, inclusive na sociedade, uma dor imensa, enquanto o movimento de Campos do Jordão o que quer é ter espaço na mídia etc. (...) um dos organizadores centrais, senão o principal, ao menos no início (...) o empresário João Doria Jr., ao que li e acompanhei nas últimas semanas, há pouco dedicava-se a um desfile de cãezinhos de madames em Campos do Jordão". Cansei? Tenha Dó...ria!
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