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domingo, 13 de setembro de 2009
Cesar Maia e a questão regional na escolha do Vice
No seu artigo (“A escolha do vice”) desse sábado, na Folha, César Maia faz duas afirmações que podem ser bem discutíveis. Primeiro ele diz, dando como exemplos os períodos 1946-1960 e 1989-2006, que “a escolha do candidato a vice-presidente da República não tem tido relação com a questão regional”. Não tenho elementos para concordar ou discordar disso e é bem difícil resgatar tudo que foi determinante nas escolhas. É bem possível que ele esteja certo. Até os anos 50, por exemplo, a sofisticação eleitoral ainda não tinha chegado a níveis milimétricos, os meios de comunicação eram rudimentares, o país era outro, as regiões eram outras. Mas isso não quer obrigatoriamente dizer que uma composição entre duas regiões do país não produzisse um efeito agregador, como ele afirma. Temos que lembrar que até a eleição de Jânio as votações de presidentes e vice eram separadas – inclusive, Jango, o vice eleito, compunha chapa com Lott, não com Jânio. Temos que lembrar também que o mapa regional brasileiro era outro: Sergipe e Bahia (hoje no Nordeste) faziam parte da Região Leste e São Paulo (hoje no Sudeste) fazia parte da Região Sul. Pegando como exemplo a eleição de 1950, os votos válidos para Presidente ficaram divididos assim: Norte, 3,20%, Nordeste 21,14%, Leste 38,91%, Sul 33,92%, Centro-Oeste 2,83%. A soma de Leste e Sul era 72,83%, enquanto que a soma dos eleitorados das Regiões Sudeste e Sul, hoje, é 58,55%. A soma de Nordeste e Leste, na época, era 60,05%. A soma de Nordeste e Sudeste, hoje, é 70,60%. Assim, quando Cesar Maia diz que em 1950, apesar do Vice Café Filho ser deputado do Rio Grande do Norte, o foco não era o Nordeste, ele está absolutamente certo, não havia razão para ser como agora: Café Filho (que foi derrotado no Nordeste) fazia parte do acordo com Ademar de Barros, de São Paulo. Nas eleições seguintes (JK-JG e JQ-JG), as dobradinhas vitoriosas eram do eixo Leste-Sul. Depois da ditadura, tudo mudou, o mapa eleitoral é outro. Nas últimas seis eleições presidenciais (incluindo aí a indireta), as chapas vitoriosas foram sempre com a composição Sudeste-Nordeste: Tancredo-Sarney, Collor-Itamar, FHC-Maciel (duas vezes) e Lula-Alencar (duas vezes, e observa-se ainda que Lula, em si, é um traço de união entre Nordeste e Sudeste). As chapas majoritárias sempre formadas por representantes das duas principais regiões do país, eleitoralmente falando. Coincidência? É óbvio que a escolha do Vice não pode se resumir à questão regional. Existem outras questões – talvez até mais importantes – como as ideológicas, de arranjos partidários, de tempo no rádio e na TV, etc. Mas não dá para afirmar tão categoricamente que não existe efeito agregador nas composições regionais. Essas dobradinhas no mínimo servem para reduzir efeitos desagregadores.
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terça-feira, 7 de agosto de 2007
A chapa de Renan começa esquentar

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terça-feira, 31 de julho de 2007
O "Cansei" já cansou
O movimento anti-Lula chamado "Cansei" fez jus ao nome. "Veio, ninguém viu e cansou". Reuniu mais espaço na mídia do que pessoas. Tentou decolar com os parentes das vítimas do acidente da TAM, mas faltou pista. Ou melhor, sobrou pista, faltou gente. A caminhada, dizem eles, tinha 6.000. Mas um comentário aqui do Blog fala em bem menos:"quem esteve lá sabe que não passavam de umas 800 pessoas, somando os funcionários do estado e da prefeitura que apareceram depois da passeata começar, com não mais que 200 gatos pingados". A Reportagem de Bob Fernandes, ontem, no site Terra, fala assim: "Domingo, 11 da manhã. Com duas mil pessoas, a passeata convocada pelos movimentos "Cansei" e "Cria" (Cidadão, Responsável, Informado e Atuante) chega à avenida 23 de Maio. O coro "Fora Lula" já deu o tom à caminhada. A alguns quilômetros dali, abraçado e beijado por populares e tendo a seu lado o senador Marco Maciel (DEM-PE), o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo assiste à missa na Catedral da Sé". A frase de Cláudio Lembo faz o título da reportagem: "Cansei" é termo de dondocas enfadadas". A propósito do "Cansei" (e outros cansaços...), Jânio de Freitas escreve hoje na Folha: Cansei de "basta!" O que mais deseja a riqueza do país, além das condições inigualáveis que o governo Lula lhe proporcionou? Sobre a mistura do movimento com parentes das vítimas, disse Lembo na sua entrevista ao Terra: "a utilização de um movimento natural e de motivos nobres por movimentos e atividades com claro objetivo político ainda que tentem escondê-lo ou apesar de o negarem, e isso não é bom (...) porque as vítimas, os familiares, os acidentes comoveram o Brasil e produziram, inclusive na sociedade, uma dor imensa, enquanto o movimento de Campos do Jordão o que quer é ter espaço na mídia etc. (...) um dos organizadores centrais, senão o principal, ao menos no início (...) o empresário João Doria Jr., ao que li e acompanhei nas últimas semanas, há pouco dedicava-se a um desfile de cãezinhos de madames em Campos do Jordão". Cansei? Tenha Dó...ria!
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