terça-feira, 19 de junho de 2007
Aconteceu o óbvio: os muçulmanos estão indignados com a Grã-Bretanha por causa de Rushdie
Quando li a notícia de que a Rainha Elizabeth II tinha nomeado o escritor Salman Rushdie cavaleiro da Coroa, não quis nem comentar. Preferi ficar calado e aguardar os acontecimentos. Mas estava na cara que os muçulmanos não aceitariam passivamente qualquer condecoração ao autor do livro Os Versos Satânicos (1989), aquele que é considerado o "apóstata". Os protestos já se alastram pelo Irã e pelo Paquistão. O ministério das Relações Exteriores do Irã convocou nesta terça-feira o embaixador britânico em Teerã, Geoffrey Adams, para informar que o governo do país considerou a decisão da rainha um ato de provocação. No Paquistão, o enviado britânico para o país, o alto comissário Robert Brinkley, expressou "grande preocupação" com os comentários de um ministro dos Assuntos Religiosos, Mohammad Ejaz uh-Haq, que teria dito que "se alguém comete um atentado suicida para proteger a honra do profeta Maomé, seu ato é justificado". O Parlamento do Paquistão aprovou uma resolução na segunda-feira em que manifestou condenação à condecoração. "Salman Rushdie tornou-se um cadáver odiado que não pode ser ressuscitado por nenhuma ação", afirmou o parlamentar Mohammad Reza Bahonar. BBC
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