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quinta-feira, 12 de julho de 2007

A Oposição precisa de Renan

O caso Renan - com seus bois, sua jornalista, seu lobbysta, sua cerveja, seja lá o que for - caiu como um presente dos deuses no colo da Oposição. Os políticos oposicionistas não sabiam o que fazer para ganhar destaque na corrida pela simpatia do eleitorado, principalmente a classe média bem conservadora. Nada parece incomodar os índices de aprovação do Governo Lula, nem mesmo o tão paparicado "apagão aéreo". Lula do 2º mandato tem a seu favor, além da Bolsa-Família, os índices de crescimento, o etanol e os biocombustíveis em geral, o governo americano, a União Européia, o Grupo dos 20, as ações na segurança, o PAN 2007, o Governo do Rio, o não-Governo de São Paulo, Aécio, o Nordeste, etc, etc, etc. Eis que surge o escorregão de Renan, um forte aliado de Lula - e a Oposição tratou imediatamente de aproveitar a oportunidade. Estava indo tudo bem, mas ontem ficaram sem ação, quando Renan desistiu de presidir o Congresso, anulando o seu discurso e tirando os seus holofotes. Hoje voltaram à carga, com a decisão de Renan de só convocar a mesa do Senado para a próxima terça-feiça. Foi um verdadeiro "Deus nos acuda". Está todo mundo batendo o pezinho, dizendo que não participa mais das sessões do Senado presididas pelo... Presidente do Senado. O desespero é maior porque todos sabem que o início do PAN 2007 vai tirar a atenção do malabarismo diário que se faz na arena (epa!) parlamentar. Ninguém sabe mais o que inventar para subir no pódio do apoio popular. Enquanto isso o povaréu, de boca fechada para não entrar mosquito da dengue, vai tocando sua boiada. Ê, boi...

quarta-feira, 11 de abril de 2007

De olho na pesquisa

Essa nova Pesquisa Sensus não trouxe surpresas. A não ser, talvez, para quem não viu o país nos últimos meses, ou não quis ver. Lula teve uma reeleição com votação fabulosa. Conseguiu montar um segundo mandato com uma coalizão de ampla maioria no Congresso. Os números da economia são extremamente favoráveis, com controle da inflação, queda dos juros, crescimento do PIB, mais empregos, aumento do salário mínimo, etc. Há outros fatores favoráveis, como o cenário mundial, a visita de Bush, o biocombustível, o papel de liderança regional do país, a boa inserção de Lula nos meios políticos internacionais. Nem mesmo o fato de a aprovação do Governo ter atingido (49,5%) seu ponto mais alto desde agosto de 2003 pode ser considerado surpresa. Pode ser que haja espanto com uma aprovação tão alta, já que as pessoas, na maioria, nem ouviram falar (só 32,2% ouviram falar) do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, marca do segundo mandato. Vamos analisar em termos de percepção: assim como o Bolsa-Família está mais associado a "povão" e "Nordeste", o PAC está mais associado a "empresariado", "classe média", "Sul-Sudeste". É algo novo, ainda não claramente percebido e desnecessário para a maioria que está aprovando Lula. E o "apagão aéreo", será que não influenciou negativamente? Para desespero da oposição, não. Não dá para comparar (embora tenham tentado) com o "apagão real", na energia elétrica, de Fernando Henrique. A massa ouviu falar do problema aéreo (82%), mas não sentiu na pele, como aconteceu no Governo anterior. As dificuldades de transporte da maioria estão na terra, nas estradas, nas rodoviárias. Isso vem de longos anos e não entrou na pesquisa. Somente 25,8% culparam o Governo Lula pela crise aérea.O Deputado Rodrigo Maia (Dem, ex-PFL) bem que tenta juntar esses 25,8% com os 15,1% que culparam os controladores mais os 9,9% que culparam a Aeronáutica mais os 9,3% que culparam a Infraero (o que daria 60,1%...) e dizer que é uma coisa só. Mas se ele conversar com o pai - que sabe de verdade que as coisas não são bem assim -, vai descobrir que as percepções são diferentes, não dá para botar tudo no mesmo saco, a não ser para tentar fazer política com apoio da mídia. Aliás, o próprio Cesar Maia, em seu Ex-Blog de hoje, já reduz para 45% (colocando os "controladores" como uma percepção à parte de "governo Lula"). Claro que é papel da oposição tentar ver o lado pior do Governo para mostrar que pode fazer melhor. Mas a oposição vai ter que fazer muito melhor do que o que está fazendo. Talvez deva seguir o exemplo de Serra que está escondido, calado, procurando fazer com que tudo passe em brancas nuvens... Ler também a coluna de Tereza Cruvinel, hoje no Globo.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Barack Obama elogia o álcool brasileiro, mas protege o milho americano

Obama / BBC O presidenciável democrata americano Barack Obama disse à BBC que ''o Brasil fez um excelente trabalho em estimular a sua indústria de combustíveis alternativos''. Mas ao mesmo tempo alertou: os Estados Unidos não podem trocar a dependência que têm do petróleo pela dependência do álcool (etanol) brasileiro; o que os Estados Unidos têm que fazer é seguir o exemplo brasileiro e estimular a produção do seu próprio combustível limpo a partir do milho. É bom que se esclareça que Obama é contra reduzir a taxação do álcool brasileiro. Ele é senador pelos Estado de Illinois, um dos maiores produtores de milho e de etanol dos Estados Unidos. Leia mais no site da BBC.