segunda-feira, 12 de março de 2007
Garotinho e 2010
Garotinho é do tipo ame-o ou deixe-o. Amado pelo povão do Rio, detestado pela classe média. Teve época em que o achei um idealista, mas o tempo conferiu-lhe uma imagem negativa. Ambicioso, quer a qualquer preço ser Presidente da República. Tem todo o direito a isso. Mas a forma que usa nessa busca insaciável acaba tornando isso um sonho cada vez mais distante. Ontem, ao apoiar Lula (apesar de ter se mostrado ultimamente um inimigo fervoroso), ele buscava sair do isolamento político e cacifar-se para ser o candidato do partido para 2010. Poderia até ter dado certo, se o partido fosse outro e se o Garotinho fosse outro. O PMDB ainda não está lutando pra valer para ter Presidente da República. Os diversos grupos do partido ainda preferem ficar sem Presidente a ter que admitir que outro grupo se sobressaia. Ganham mais como está. Garotinho sabe disso, mas insiste. E insiste demais, tentando chegar lá sem olhar por onde passa. Acaba criando mais adversários do que parceiros. Ontem, ele poderia ter saído como candidato garantido. Mas pode apenas ter acelerado a saída do partido.