terça-feira, 27 de março de 2007
O PFL pretende agora ser "democrata", mas defende a ditadura salazarista com unhas e dentes
O Ex-Blog de Cesar Maia, um dos principais ideólogos do PFL, traz hoje uma grande contradição. Ao anunciar a transformação do PFL em PD (Partido Democrata), Cesar Maia diz que "ao adotar a palavra democrata, queremos atingir a profundidade possível de uma prática política que inclui, e não exclui; que defende a liberdade sem transigências; que não admite a existência de cidadãos de primeira e segunda classe, pois todos têm direitos iguais; que, principalmente, nasce com compromissos escritos, formais e solenes, programáticos e objetivos. Democracia completa, ampla, irrestrita. Não apenas social, política ou econômica". Parágrafos antes, comentando a enquete da TV (RTP) portuguesa que tinha apontado o ditador Salazar (41%) como "maior português de todos os tempos", Cesar Maia se rasga em elogios, em evidente admiração pelo (como diz o Estadão), "mentor do regime fascista que durou 48 anos". Veja este trecho de Cesar Maia: "Seu longo ciclo político pode ser dividido em duas partes. Entre 1928 e 1944, quando se destaca como gênio das finanças numa Europa da hiperinflação na Alemanha, da desorganização da França... O fato de ter dirigido um governo autoritário não lhe tira méritos, na medida que - com a única exceção do Reino Unido - o mundo vivia um ciclo de governos autoritários". Adiante, ele meio que procura se redimir, reconhecendo que "sua gestão no pós-guerra manteve os mesmos parâmetros de antes e afundou Portugal no atraso, culminando com seu melancólico final de carreira". Mas o que fica mais evidente é sua admiração pelo grande fascista.
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