sexta-feira, 9 de março de 2007
Hi, Bush; adiós, Bush
Bush não quer muita coisa, não. "Etanol, tudo bem, vamos tratar desse assunto". Mas o que Bush quer de verdade é fazer política, interna e internacional. Internamente, ao mesmo tempo em que se afasta no meio de confusões políticas envolvendo o Iraque e desvio de conduta no caso da deduragem da agente da CIA, procura agradar eleitores de origem hispânica. Em termos de política internacional, tenta correr atrás do prejuízo na imagem aqui na América Latina. Em entrevista na CNN em espanhol, Bush disse: "Trago uma mensagem de esperança, uma mensagem de que cuidamos da condição humana". Alguém acredita nisso, diante da negligência que teve com a América Latina e a ferocidade que usa por toda parte? "O sentimento anti-americano nunca esteve tão forte", declarou Julia Sweig, do Conselho de Relações Internacionais. Bush fala em ajuda à América Latina, mas Dan Restrepo, diretor do Projeto Americas do Centro do Progresso Americano, lembra que os Estados Unidos vão gastar mais com o Iraque nos seis dias de sua viagem do que ele propôs investir no hemisfério (Sul) inteiro, no próximo ano fiscal". O que Bush está conseguindo acima de tudo é promover Hugo Chávez. O périplo simultâneo dos dois favorece uma comparação mais direta - e Chávez dispara na frente. Aqui no Brasil, apesar da cordialidade com que está sendo tratado, Lula conseguiu encaixar a palavra "nefasto" no seu discurso de ontem. Talvez tivesse sido melhor para Bush ter ficado erm casa. Leia mais no Washington Post.
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