quinta-feira, 15 de março de 2007
Chávez: contra a "sopa de letrinhas", a receita da coalizão de partido único...
Mal tinha sido encerrada a última eleição e o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela, vitoriosíssimo, chamou os partidos que compunham a sua coligação, uma mistura de 24 siglas, e pediu que se dissolvessem. Queria acabar com essa "sopa de letras" e deu um prazo de 9 meses para que eles criassem o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). "Quem não quiser me acompanhar, não tem problema, pode seguir seu caminho - e levar seus ministros também", advertiu Hugo Chávez. Foi aí que começaram os problemas. A coligação de Chávez teve 7.309.080 votos (62.84% do eleitorado), divididos pelo seu partido, Movimiento Quinta República (MVR, 4.845.480 votos, 41,66%) e também Podemos (759.826votos, 6,53%), Patria Para Todos (PPT, 597.461 votos, 5,13%), Partido Comunista da Venezuela (PCV, 342.227, 2,94%), MEP (94.706 votos, 0,81%), Migato (88.307, 0,75%), Unidad Popular Venezolana (UPV, 79.929, 0,68%), Clase Media Revolucionaria (69.264 votos 0,59%), Tupamaro (69.239 votos 0,59%), LS (58.330 votos 0,5%), MDD (41.357 votos, 0,35%), Gente Emergente (30.154 votos, 0,25%), Unión (29.614 votos, 0,25%), MCM (29.428 votos, 0,25%), PROVEN ( 27.427 votos, 0,23%) , Unidad Patriótica Comunitaria (UPC, 22.473 votos, 0,19%), Movimiento de Concentración Gente Nueva (MCGN, 21.876 votos, 0,18%), FACOBA (19.643 votos, 0,16%), Independientes por la Comunidad Nacional (IPC, 18.165 votos, 0,15%), O.N.D.A. (16.046 votos, 0,13%), Movimiento Nacional Independiente (MNI, 13.539 votos, 0,11%), Poder Laboral (12.612 votos, 0,1%), CRV (11.444 votos, 0,09%) e REDES (9.233 votos, 0,07%). A Unidad Popular Venezolana, UPV, com apenas 0,68% dos votos, pulou na frente e aderiu à idéia. Mas outros partidos não estão concordando, com o PCV, criado em 1931, o mais antigo da Venezuela, que é marxista-leninista e quer se manter assim. O Podemos e o PPT, estruturados em toda a Venezuela, também resistem. Aqueles que são acima de tudo chaviztas fazem suas ameaças, alertando contra deslealdades e deixando claro: "Não há meio-termo: com Chávez, tudo; sem Chávez, nada". Ler também reportagem em El País.