Os cálculos de Aécio na decisão de não ser Vice não se limitam a outubro de 2010. Ele projeta o cenário do próximo mandato presidencial, com o PT mantendo-se no poder e com Serra definitivamente fora da importância política. A liderança paulista estará enfraquecida (não dá para levar Alckmin a sério...) e Minas poderá ocupar esse vácuo, finalmente conquistando o papel principal da oposição nacional.
Claro que Aécio vai apoiar o voto “dilmasia”. Além de votação retumbante para o Senado, ele precisa garantir a vitória de seu candidato Anastasia para o Governo de Minas e com isso firmar-se como grande liderança de oposição ao Governo Dilma. Ciro (e Tasso) provavelmente navegará nesse mar mineiro, garantindo o canal Minas-Nordeste.
Serra virou carta fora do baralho.