Um dos maiores feitos da oposição foi ter conseguido encalacrar o Governo Lula na escolha do Presidente da Câmara. Depois de ter indigerido a escolha de João Paulo Cunha, a oposição conseguiu conquistar a iniciativa graças ao vacilo petista entre Greenhalg e Virgílio. Veio o vexame de Severino Cavalcanti - produto da aliança Garotinho, Gabeira, PSDB, PFL e outros - e foi possível pôr na Presidência da Câmara o meio termo Aldo Rebelo. Com o seu posicionamento zero à esquerda e à direita, Aldo caiu nas graças de governistas e oposicionistas. Quem acabou não gostando muito foi o próprio PT e o PMDB não-governista (se é que isso é posssível...). Nova aparente indefinição do governo, e temos a oposição mexendo-se inteiramente a favor de Aldo. O próprio lançamento dessa pseudo-candidatura terceira via (com Gabeira e outros) só serve para fortalecer a candidatura Aldo - e, naturalmente, a oposição. Com a vitória de Aldo, caberá ao governo trazê-lo de volta ao seu terreno. É assim que as coisas funcionam, apesar de Cesar Maia tentar provar o contrário, citando a (falsa) imparcialidade dos dirigentes das câmaras nos Estados Unidos e Inglaterra.