Bush está enfrentando a resistência da opinião pública americana, do congresso americano, da opinião internacional, de seus aliados na invasão e agora do próprio governo iraquiano, que teria "pedido" a presença de mais soldados americanos, principalmente em Bagdá. A questão logística por si só já seria um grande problema. Antes de mandar seus rapazes, os americanos precisam garantir locais seguros para eles, o que está difícil, em uma cidade que não tem postos policiais suficientes. Os prédios terão que ganhar proteção extra contra bombas e outros petardos mortais. E ainda não há solução para questões básicas como determinar quem garantirá o suprimento de combustível. Mas a dificuldade maior parece estar em convencer o governo iraquiano - que é de maioria xiita - a combater igualmente os insurgentes sunitas e os esquadrões da morte xiitas, algo considerado estratégico para o plano dar certo. Pode ser que os americanos sejam usados apenas para limpar áreas que os xiitas ocuparão em seguida. O desespero de Bush fica maior porque ele tem pouquíssimo tempo para obter alguma conquista de impacto capaz de ser usada como trunfo na disputa eleitoral do próximo ano - razão de ser de todas suas ações. Leia no The New York Times.