O número de soldados americanos mortos no Iraque já atingiu a marca de 3005 (veja a tabela aqui), além de 35.174 feridos. É como se os Estados Unidos tivessem sido atingidos por outro ataque terrorista igual ao de 11 de Setembro, quando morreram 2973 pessoas - ou seja, 32 a menos do que o total de mortos até agora na trágica ocupação do Iraque. O site CommonDreams destaca as manifestações contra a guerra e apresenta números impressionantes dessa nova loucura americana. A marca do 3000º mortos contou com protestos e vigílias em todo o país. "Estamos tristes com as mortes, mas achamos que é muito importante que não seja gasto nem mais um dólar nesta guerra no Iraque", disse Janis Shields do American Friends Service Committee (AFSC), que já lista em seu site 335 vigílias em 46 estados americanos. Um estudo publicado no jornal médico britânico The Lancet coloca em mais de 600.000 o número de iraquianos feridos. A Veterans Administration (VA) americana registra que mais de 150.000 veteranos dos conflitos no Iraque e no Afeganistão estão recebendo benefícios. Aproximadamente 70.000 deles estão recebendo tratamento mental. "Nós não imaginávamos que a guerra durasse tanto e matasse tantos", disse Chuck Nixon, que ajudou a coordenar um memorial semanal em Santa Mônica, na Califórnia. "Quando começamos o projeto do memorial, havia apenas 400 cruzes. Isso foi em fevereiro de 2004. Mas logo no Dia das Mães o número já tinha subido para 800”. A Gold Star Families for Peace, organização fundada pela ativista Cindy Sheehan que teve seu filho morto no Iraque, planeja para esses dias uma passeata em Washington pressionando pela saída imediata do Iraque e pelo impeachment de Bush. A United for Peace and Justice, que reúne mais de 1.300 grupos pacifistas, planeja para o dia 27 marcha em Washington com objetivos semelhantes. Com tantos números negativos, cresce a mobilização anti-guerra. Só assim pode ser possível vencer os números positivos da indústria da guerra, que estão com seus lucros crescendo como nunca.