quinta-feira, 3 de maio de 2007

Deus está em alta no Brasil

Não é à toa que o Papa vem ao Brasil produzir um santo brasileiro. As religiosidades estão em ascensão, mas a Igreja Católica (Universal) andava em queda no maior país católico do mundo. Esse é o momento para a retomada do crescimento. O carisma do Papa anterior talvez tenha ajudado a atar a sangria (apesar de um trabalho de marketing estratégico para a igreja, no site Marketing e Fé Católica, apontar sua saúde debilitada como um ponto fraco), mas o Papa atual não tem carisma algum - daí a necessidade de um santo. Quem não está gostando muito da história são os evangélicos - principalmente os pentecostais - que até agora navegavam em águas tranqüilas na disputa pelo mercado da fé. E o novo estudo da FGV - Fundação Getúlio Vargas, “Economia nas Religiões: Mudanças Recentes" parece justificar ainda mais essa preocupação, digamos, evangélica. É que, segundo o estudo, a Igreja Católica conseguiu estabilizar sua participação no mercado com os índices de 2000, pondo fim a uma queda que se estendia por décadas: 73,9%. Esse número contempla o objetivo determinado no trabalho de marketing (feito em 2000) que citei: "Estancar a tendência de êxodo dos fiéis da Igreja Católica num período máximo de 5 anos e, simultaneamente, estimular a adoção da Igreja Católica como ponto de encontro". Contempla também a sua visão: "Acompanhar as constantes mudanças e evoluções pelas quais o mundo passa, mantendo-se como líder no mercado brasileiro de apoio espiritual e, simultaneamente, se consolidando com uma participação superior a 70%". Voltarei a tratar do assunto. O trabalho de marketing a que me refiro chama-se "Planejamento Estratégico de Marketing - Igreja Católica Apostólica Romana", de Cristiane Pasquini Malfatti, Sérgio P. Bordonalli, Silvana Meneses, Valdir Luis Fodra Filho. IBMEC – MBA Marketing - Gerência Estratégica de Marketing: Claudio Tomanini - maio de 2000).