quarta-feira, 9 de maio de 2007

Iraque: mortalidade infantil cresceu 150%

A entidade beneficiente Save the Children publicou relatório sobre mortalidade infantil que põe o mundo árabe - riquíssimo em petróleo - em nível comparável ao da África sub-Saara. No Iraque, por exemplo, em 1990, a média da mortalidade em crianças até 5 anos era de 50/1000. Após 10 anos de sanções pela ONU e duas guerras, o pais chegou a 2005 com a média de 125/1000. Um crescimento de 150%. Apesar de outros países como Angola, Somália e a República Democrática do Congo, por exemplo, terem média acima de 200/1000, o crescimento da média fatídica é a maior do mundo. As sanções encorajadas pelos Estados Unidos tiveram um efeito devastador na infraestrutura e nos serviços de saúde iraquianos. Não se sabe ao certo quantas crianças morreram por causa das sanções, mas calcula-se que entre 1991 e 1998 o número tenha chegado a 500.000. Denis Halliday, que renunciou das funções de coordenador humanitário das Nações Unidas em protesto contra as sanções, declarou na época: "Estamos em processo de destruição de uma sociedade inteira. É terrível. É ilegal e imoral". Nesse mundo onde os homens não param de se matar, as crianças são as que mais sofrem: são cerca de 10.000.000 de crianças com menos de 5 anos que morrem por ano no mundo inteiro, quase 28.000 por dia. Veja a relação dos países com as 10 piores médias (9 na África sub-Saara mais o Afeganistão):
1. Serra Leone: 282 (por cada 1.000 nascimentos) 2. Afeganistão: 257 3. Níger: 256 4. Libéria: 235 5. Somália: 225 6. Mali: 218 7. Chade: 208 8. República Democrática do Congo: 205 8. Guiné Equatorial: 205 10. Ruanda: 203
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