quarta-feira, 11 de julho de 2007
Catão: "Fures privatorum in nervo atque in compedibus aetatum agunt, fures publici in auro atque in purpura"
Catão adentrou o gramado do Senado do Brasil, ontem, pela boca do Senador Renan Calheiros ("Aquele que quiser ser Catão, vai ter que ser Catão mesmo e sujar as mãos. Vai ter que colocar uma forca ou uma fogueira lá fora e queimar o presidente do Senado"). E chegou em boa hora. Marcus Porcius Cato (ou Marco Pórcio Catão), estadista romano, viveu entre 243 a.C. e 149 a.C. e era conhecido como Catão, o Censor. Travou batalha contra o luxo e eliminou os senadores que considerou indignos. (Wikipédia) A sua reflexão que está no título desta postagem quer dizer "Os ladrões dos bens privados passam a vida no cárcere e nos grilhões; os ladrões dos bens públicos, no ouro e na púrpura" (segundo o Dicionário de Sentenças Latinas e Gregas, de Renzo Tozi), mas já foi adaptada por Sêneca (Córdova, 4 a.C. — Roma, 65 d.C.) como "os delitos pequenos são punidos, os grandes aclamados" (sacrilegia minuta puniuntur, magna in triumphis feruntur). São reflexões que caem como uma luva para nossos dias. O que me deixa triste é lembrar que isso já existe há tanto tempo...
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