Na tragédia de quinta à noite, no Aeroporto Midway, um jato da Southwest Airlines deslizou pela pista e foi parar na avenida, matando uma criança de 6 anos que estava em um automóvel. (...) O acidente mortal (...) renovou a necessidade de áreas de escape ou outras medidas de segurança em centenas de aeroportos americanos para dar aos pilotos margem mais ampla de reação aos erros.Uma cidade como São Paulo não merece o tratamento que vem tendo há décadas, por parte dos Governos Federal, Estadual e Municipal e por parte das empresas aéreas, na política de transporte aéreo. O vai-vem dos helicópteros é assustador, pousar-aterrissar em Congosnhas é assustador, o ir e vir para Cumbica ou Viracopos é assustador, circular próximo aos aeroportos é assustador. Mais assustador ainda é nada ter sido feito com planejamento. A mentalidade é do passado, pensando-se no lucro futuro e com um presente trágico. Se continuar como está, teremos que mudar o lema de "São Paulo não pode parar" para "São Paulo não pode voar"...
sábado, 21 de julho de 2007
Acidente da TAM: aeroportos como Midway, em Chicago, ou Congonhas, em São Paulo, foram feitos para o século passado
Congonhas e Midway, cercados de perigo
Vocês conhecem o filme Metropolis, de Fritz Lang? É lindíssimo, uma ficção realizada no início do século XX (1927, o YouTube tem trechos). Mostra uma cidade do futuro, bem verticalizada, cortada por aviões a todo instante. O curioso é que os aviões que voam pra lá e pra cá, longe de parecerem os aviões de hoje, lembram mais o 14 Bis... Congonhas (1936), Midway (1949) são aeroportos assim, voltados para o passado (como muitos outros, aliás). Os administradores das cidades não pensaram em proteger os aeroportos contra o crescimento metropolitano. Ao contrário, as grandes cidades foram crescendo mais e mais, desordenadamente e inviabilizando o acesso aos terminais aéreos. Leiam essa notícia de Antonio Perez sobre um acidente no Midway, em Chicago, em dezembro de 2005, e me digam se não é parecidíssimo com o da TAM:
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