sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Eleição americana: o jogo dos debates
A queda de braço que acabou de acontecer entre Hillary Clnton e Barack Obama foi em torno do número de debates que os dois farão até 4 de março (quando ocorrem as primárias de Ohio, Rhode Island, Texas e Vermont). Hillary quer cinco debates. Obama só concorda com dois. A desculpa que ele deu foi a de que precisa correr atrás de votos. Mas, na verdade, ele precisa correr atrás da emoção. O debate entre eles necessariamente tem que ser cheio de não-me-toques (eles têm que evitar a guerra total, para não entregar de vez o ouro ao McCain), e isso destrói o ponto forte de Obama, que é a vibração, a participação intensa de sua militância e de seus simpatizantes. Hillary obviamente quer pôr água nessa fervura. E mais: ela está com problemas de finanças e fazer muitos debates seria uma forma de avançar sem gastar muito. Obama ganha o debate se não participar. Amanhã, dia 9, é dia de primárias na Louisiana e de caucuses no Nebraska e no estado de Washington, além das Ilhas Virgens. Outra etapa decisiva, com 204 delegados em jogo.
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