quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Eleição americana: somente Obama pode derrotar McCain
Outro dia vi um trecho daquele programa, Manhattan Connection (gosto muito do Lucas Mendes, que me deu boas dicas quando fui jornalista em Nova York), e vi o Diogo Minardi prevendo que a final na disputa americana será entre Hillary Clinton e John McCain, com vitória garantida do Republicano. Foi um pouco na base do palpite, um pouco na base do desejo. Mas acho que em parte ele está certo. Se a final for essa, McCain tem boas chances de vencer, apesar da grande rejeição do Republicano Bush e de os Democratas terem maioria no Congresso. McCain é um pouco Bush, livre da imagem negativa de Bush. Defendeu o aumento da presença americana no Iraque, mas ao ao mesmo é considerado um liberal entre os conservadores. Tem a aura de herói da guerra do Vietnã e, por ser mais liberal, além dos votos conservadores do partido, terá a chance de conquistar votos independentes. Acima de tudo isso, se ele for mesmo enfrentar Hillary, terá a seu favlor a desmobilização do eleitor Democrata que tinha acordado. Esse é o risco que os Democratas correm. Se Hillary vencer as prévias, o partido perderá o fervor e o vigor que Obama trouxe para as ruas. Esse novo eleitor, vibrante, jovem, multirracial, aguerrido, de todos os matizes, dificilmente terá a mesma disposição para defender Hillary que está tendo na campanha de Obama. Todos os candidatos dizem que representam mudança. Mas somente Barack Obama encarou isso como sua razão de ser, de tal modo que, mais que qualquer um, ele muitas vezes substitui na propaganda o próprio nome pelo conceito (Change). Uma frustração com a derrota de Obama poderá ser a prioncipal arma Republicana.
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