segunda-feira, 9 de abril de 2007
Sérgio Cabral se desespera
Ao declarar que precisava de ajuda das tropas federais, Exército com seus homens e equipamentos, o Governador do Rio, Sérgio Cabral, tinha o rosto do desespero, do sentimento de que não teria forças para cumprir a tarefa. Era um momento grave - o enterro do policial encarregado de proteger seus filhos, morto a tiros em uma esquina qualquer da cidade do Rio, vítima de mais um assalto. Quando a violência chega tão perto do Governador, é de se perguntar: afinal, quem está seguro? Como confiar nas forças de segurança, se seus agentes encarregados de dar segurança ao principal homem público do estado vivem desprotegidos pelas ruas? Amadorismo, sem dúvida, despreparo. Mas o Governador não deve se desesperar, pelo bem da população. O momento é difícil, concordamos todos, mas o povo do Rio vive um momento de muita confiança nesta administração e espera que ela acabe vencendo essa onda gigantesca de violência. Sabemos, também, que simplesmente chamar o Exército não resolve. Com ou sem o Exército, o importante é o uso da inteligência e a disposição para pôr um fim ao crime ilimitado. Fim da corrupção, mais investimento em segurança, mais investimento social. Se é verdade que o Rio de Janeiro será o estado que mais vai crescer na América do Sul nos próximos 10 anos, é verdade também que para atingir essa meta é preciso combater com firmeza - e derrotar - a violência.