PREVIDÊNCIA SOCIAL! Os técnicos do IPEA -Marcelo Ab-Ramia e Rogério Boueri escreveram no Boletim de Desenvolvimento Fiscal -IPEA- de dezembro de 2006 o artigo Comparativo Internacional para Previdência Social. Este Ex-Blog selecionou alguns números comparados apresentados que ajudam muito a entender os problemas e contradições da previdência social brasileira. A leitura destes números é suficiente para se entender a cama de gato da situação brasileira. 01. Gastos com previdência como percentual do PIB. A Itália se destaca com pouco menos que 18% do PIB. O Brasil vem neste bloco com quase 12% do PIB. Reino Unido tem menos que 10%, Dinamarca pouco mais que 8% e Estados Unidos menos que 8%. 02. Razão de Dependência Demográfica é a relação entre a população com mais de 65 anos e aquela com menos de 65 anos. O Brasil aparece com 9% entre os países mais jovens. No outro extremo está o Japão com 29%. Uma relação baixa como a do Brasil não justificaria altos gastos previdenciários como no item 1. 03. O terceiro quadro é a aposentadoria como porcentagem da renda per cápita. O Brasil está entre os mais altos com 59,4%. A Suécia tem 70% e no outro extremo Georgia (ex-URSS) com 11%, Cazaquistão com 22% e Japão com 35%. 04. Contribuintes da Previdência como percentual da Força de Trabalho. No Brasil são 56%. No extremo oposto Noruega, Holanda e Irlanda com quase 100%, o que mostra uma base baixa de contribuição no Brasil pela economia informal, taxa de exclusão... 05. Alíquota da contribuição total, empregado e empregador. O Brasil está entre os mais altos com 31%, no bloco da Georgia e Ucrânia com 35%. Do outro lado, Irlanda tem 12% e Suécia quase 20%.
terça-feira, 3 de abril de 2007
Cesar Maia defende nossa Previdência
Claro que não há a menor chance de Cesar Maia, um dos caciques do partido conservador Democratas (ex-PFL, ex-ARENA), apoiar uma política mais voltada para o bem-estar social. Mas no seu Ex-Blog de hoje ele usa argumentos contra que poderiam ser usados a favor. Ele tirou trechos do artigo "Comparativo Internacional para Previdência Social", escritos pelos técnicos do IPEA Marcelo Ab-Ramia e Rogério Boueri no Boletim de Desenvolvimento Fiscal -IPEA- de dezembro de 2006 e comentou esses trechos. Vejamos esse ítem: "Razão de Dependência Demográfica é a relação entre a população com mais de 65 anos e aquela com menos de 65 anos. O Brasil aparece com 9% entre os países mais jovens. No outro extremo está o Japão com 29%". Cesar Maia conclui que "uma relação baixa como a do Brasil não justificaria altos gastos previdenciários como no item 1" (ver abaixo). Pensemos o contrário: um país com uma força de trabalho mais jovem tem mais condições de garantir situação melhor para nossos aposentados. Outro trecho: "O terceiro quadro é a aposentadoria como porcentagem da renda per cápita. O Brasil está entre os mais altos com 59,4%. A Suécia tem 70% e no outro extremo Georgia (ex-URSS) com 11%, Cazaquistão com 22% e Japão com 35%". Ele não comenta, mas eu diria que ter a Suécia como referência mais próxima seria motivo de alegria, mesmo considerando que os suecos têm um índice de contribuição total bem menor que a brasileira (ver ítem 5, abaixo). No item 4, Cesar Maia destaca um alerta importante: "Contribuintes da Previdência como percentual da Força de Trabalho. No Brasil são 56%. No extremo oposto Noruega, Holanda e Irlanda com quase 100%, o que mostra uma base baixa de contribuição no Brasil pela economia informal, taxa de exclusão..." Exatamente por isso o Governo Federal tem procurado estimular o emprego com carteira assinada - política que o oposicionista Cesar Maia deve estar aprovando... Leia abaixo o texto completo do Ex-Blog e não deixe de ler também o Blog do Mello sobre o tema.
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