sábado, 21 de abril de 2007

Repostas a questões do Seminário REFORMA POLÍTICA – O ESTADO DEMOCRÁTICO PASSADO A LIMPO

Não houve tempo para responder algumas perguntas feitas na palestra sobre Horário Eleitoral Gratuito, dentro do Seminário REFORMA POLÍTICA – O ESTADO DEMOCRÁTICO PASSADO A LIMPO, que dei na última quinta-feira, no Auditório da FIRJAN, Rio de Janeiro. Comprometi-me a reproduzi-las e responder aqui no Blog, e aqui vão elas:

1) Qual a importância do uso da Internet nas campanhas atuais? Há estatísticas que corroborem seu uso? Pode-se eleger um candidato com as ferramentas eletrônicas?

A Internet tem uma importância cada vez maior, não apenas em campanhas eleitorais, como em tudo na vida. É a concretização daquilo que o McLuhan chamava de “aldeia global”. Ou melhor: comunicação de massa personalizada. Não sei se já falei aqui exatamente sobre estatísticas, mas sei de alguns fatos interessantes, como o que publiquei recentemente sobre um vídeo anti-Hillary Clinton (Os efeitos "positivos" da campanha negativa), que passou a liderar a lista de vídeos virais. Quando você fala de “ferramentas eletrônicas”, entendo que trata de Internet (outras ferramentas eletrônicas são usadas há muito tempo) e a resposta é sim, dependendo de qual tipo de candidatura.

2) Na sua opinião existe alguma “receitapara o sucesso no horário eleitoral e posterior eleição do candidato? Seriam o apelo popular (“candidato do povo”), a utilização de crianças, situações de pobreza e miséria, além da vinculação da imagem do candidato a músicas e artistas populares, os elementos dessa “receita do sucesso”?

A receita é “informar-se e pensar”. Os apelos específicos dependem do candidato e do eleitorado, principalmente. É importante não tentarimplantarpercepções. Utilizar crianças, por exemplo, pode ser bom ou ser ruim. Cada caso deve ter pensamento próprio.

3) A ética do marketing eleitoral é debatido entre os profissionais do ramo? Até que ponto minimizar aspectos negativos de candidatos arrolados em processos de corrupção eleitoral e improbidade administrativa?

Não posso falar por todos os profissionais, mas acredito que sim. Quanto a “corrupção” e questões similares, não são casos de marketingsão casos de polícia.

4) Diante do grandioso processo de pesquisa sobre como o candidato deve aparecer, no tocante a aparência, figurino, entre outros aspectos, ou como devem ser, graficamente, folhetos e faixas, itens que um profissional de marketing domina, pergunto: qual a importância dada pelo mesmo ao conteúdo da campanha e a coerência entre o que é transmitido e a real proposta – e intenção – do candidato?

A importância é uma , de forma e conteúdo, e a coerência é necessária.