segunda-feira, 17 de julho de 2006

Cadê a eleição?

Em São Paulo, é muito comum as pessoas quinzenalmente sentirem (sem conseguir explicar “por que” nem o “que”) que algo está diferente na cidade. Eu mesmo demorei muito a entender a razão – são os outdoors, que mudam periodicamente e dão outra roupagem a algumas cidades. Quando começa a campanha política, é a mesma coisa. A população (e também os candidatos) entra no clima eleitoral através dos outdoors, dos adesivos, das faixas, das praguinhas (adesivos de roupa), das camisetas, dos bonés, dos panfletos, dos showmícios, etc. Este ano, quase nada disso está sendo permitido. Nem mesmo praguinha em camisa do próprio candidato!!! (Luiz Fernando Pezão, candidato a vice-Governador no Rio de Janeiro, conta que, em uma caminhada na semana passada, tinha fiscal do TRE tirando fotos da camisa dele!!!) Nas cidades menores e nas casas de áreas periféricas das grandes cidades, as placas ainda compensam um pouco, dão um certo clima. E é verdade que quando começar o horário gratuito no Rádio e na TV as campanhas vão esquentar um pouco. Mas é uma pena um clima eleitoral tão frio. A tão desejada renovação política fica prejudicada, o eleitor fica menos informado e menos motivado. É importante coibir excesso – mas isso pode ser feito sem destruir a grande festa da democracia.