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A maior vítima da Copa 2006 é o próprio futebol
A Copa 2006 chegou à sua 60ª partida, essa que eliminou o Brasil, com a média de 2,31 gols por partida. É a segunda pior média das histórias das Copas. Perde apenas para a de 1990, que teve a média de 2,21 gols. Para alcançar a média de 2002 (a terceira pior, com 2,52 gols) serão necessários 27 gols nas 4 partidas restantes – algo bem impossível de acontecer. A partir do momento (década de 60) que as multinacionais do material esportivos passaram a alterar profundamente o equipamento futebolístico (bola e uniforme), as médias começaram a cair. De acordo com monografia de Gisele Velhote Gadelha (escrita há mais de 6 anos), as bolas mais leves e mais rápidas favorecem o estilo passing game (futebol força, europeu, mercado maior) contra o estilo dribbling game (que adotamos). Na imagem acima, podemos ver a bola de 58, a bola de 70 e a bola de 2006, com a chuteira que fez bolha em Ronaldo (digitalizadas do excelente "Futebol-Arte", de Jair de Souza, Lucia Ritto e Sérgio Sá Leitão). Desde 1958 (média 3,6) não temos média acima de 3 gols. Em 1970, chegamos perto – 2,97 gols. Mas de lá pra cá a queda é vertiginosa. E é bom lembrar que na Copa 2006 foi lançada bola ainda mais rápida. Sugestão para a FIFA salvar a arte do nobre esporte ex-bretão: exigir bolas mais pesadas.
Veja a tabela completa das médias:
1930 3,89 -
1934 4,12 -
1938 4,67 -
1950 4,00 -
1954 5,40 -
1958 3,60 -
1962 2,78 -
1966 2,78 -
1970 2,97 -
1974 2,55 -
1978 2,68 -
1982 2,81 -
1986 2,54 -
1990 2,21 -
1994 2,71 -
1998 2,67 -
2002 2,52 -
2006 2,2?