sexta-feira, 14 de julho de 2006
Guerra e petróleo, tudo a ver
Todo mundo já sabe: o Oriente Médio pega em armas, o preço do petróleo sobe; se o Irã ameaça fazer a sua bomba, idem. se os coreanos lançam míssil, idem, idem; se Bush invade um país, pior ainda. Antes, achávamos que a guerra só interessava à indústria armamentista, mas agora os produtores de petróleo também devem pular de alegria com o tiroteio generalizado. E é verdade que até no Brasil muita gente tem seus ganhos indiretos. O Estado Rio, por exemplo, negociou sua dívida com royalties do petróleo quando ele estava cotado a 18 dólares o Barril; hoje está a 80 dólares – ganho para o Estado. Os nossos concorrentes em construção naval, Coréia e Singapura (que produzem 3 vezes mais rapidamente do que nós) estão com encomendas até 2012 – logo, várias encomendas começam a vir pra cá, inclusive superpetroleiros. E a Petrobrás não pára subir no ranking das maiores empresas do mundo. Mas que ninguém se iluda: as perdas com as guerras são maiores que os ganhos.