sábado, 8 de julho de 2006
O pavor da Guerra da Coréia volta às telas.
A Coréia vive em guerra pela independência desde sempre. No fim do século XIX, era dominada pela China. O expansionismo japonês foi lá e pegou a Coréia pra ele. Com o fim da Segunda Guerra, os japoneses perderam espaço e a Coréia foi ocupada por soviéticos e americanos. Na disputa por Seul (invadida por tropas do Norte, em 25 de julho de 1950), começou a Guerra da Coréia, com o Norte sendo apoiado por chineses e o Sul apoiado pelos americanos, que pretendiam ocupar todo o Norte. Preocupados com os custos e a crescente perda de vidas, os americanos decidiram parar a briga (27 de julho de 1953) – e ganhar dinheiro fazendo filme sobre a tragédia, emocionando toda uma geração com seus aviões e pilotos galantes. Meio século depois, a Coréia volta a emocionar. Dessa vez reivindicando o direito de testar mísseis e ter sua própria política nuclear. O clima de guerra está de volta, e com mais energia do que vemos no Oriente Médio. Nomes como Tóquio, Seul, Piongiang e Pequim soam bem mais perigosos do que Bagdá, Jerusalém, Teerã, Cairo ou Damasco. Se a guerra acontece de verdade, dificilmente teremos outra vez filmes com heróis americanos. Não teremos nem mesmo o excelente Mash, de Robert Altman, que fez humor usando a Guerra da Coréia como pano de fundo.