segunda-feira, 20 de novembro de 2006
Abismo educacional entre “brancos” e “afro-americanos” e entre "pobres" e "ricos" mantém-se grande
Na campanha de 2000, Bush declarou que seu foco seria a educação. E um ano depois chegou a assinar uma lei radical determinando o ano de 2014 como limite para o abismo educacional que existe entre alunos da maioria branca e os alunos das minorias, principalmente afro-americanos e hispânicos. É a lei conhecida por “No Child Left Behind” (Nenhuma criança deixada pra trás), feita de comum acordo com os Democratas e que garantiria apoio a escolas pobres, com minorias étnicas. Mas elas estão cada vez com menos dinheiro, oferecendo menos cursos avançados e tendo professores mais fracos. Bush pretendia declarar “missão cumprida”, mas diante de meia dúzia de pesquisas provando o contrário foi aconselhado a mudar o discurso e disse apenas, de forma vaga, que o “abismo está diminuindo”. Na verdade os estudos mostram que os avanços são tímidos (apenas em algumas escolas e entre minorias asiáticas, que chegam a ter desempenho igual ou superior ao dos brancos) e o abismo permanece, complicado e persistente como sempre. Essa questão virou um desafio não apenas para Bush, mas também para os Democratas que já se mobilizam para cuidar do assunto na próxima legislatura. “Acabar com esse abismo é a essência do No Child Left Behind e deve continuar a ser nosso foco”, declarou o senador Democrata Edward Kennedy. Leia reportagem de Sam Dillion para o New York Times.