terça-feira, 28 de novembro de 2006
Os números finais do Referendo das Armas ganham as ruas
O "Não" que a maioria do povo (embalado pelo "mensalão") deu no Referendo de 2005 mostra os seus verdadeiros números - os números do crescimento da violência em cada esquina das grandes cidades. E, em verdadeiro fogo cruzado, mostra também os números das origens das armas. De acordo com o relatório divulgado ontem pela CPI do Tráfico das Armas, 86% das armas que serviram ao crime têm origem legal. Isso quer dizer que ou foram adquiridas em lojas de armamentos por empresas particulares de segurança ou por cidadãos comuns, pessoas tidas como "de bem" (65%) ou foram adquiridas (os outros 18%!) pelas forças de segurança do Estado (forças armadas, PF, PMs, PCs, etc). Esses números desmentem inteiramente o principal argumento do Lobby das Armas de que as pessoas de bem precisam comprar armas para se defender. Ocorre exatamente o contrário. A liberação aumenta a insegurança e torna mais difícil a defesa de quem é de bem. Há outros números impressionantes que também precisam ser cruzadops para se entender tanta violência nas ruas. Por exemplo, os números dos altíssimos salários que os juízes pretendem julgar justos para eles mesmos. Ou os números dos investimentos nas gaiolas de luxo do judiciário, bem maiores do que os números investidos nas gaiolas de lixo dos presidiários. Todos esses número são alarmantes e a verdade é uma só: ou o país trata de reverter urgentemente todos esses números, ou cada cidadão vai virar apenas um número em cova rasa.