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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Wikileaks revela que nossos políticos e jornalistas de oposição fizeram papel de bobo na questão de Honduras

O governo brasileiro opôs-se ao golpe militar realizado em Honduras em 2009, e chegou a asilar na Embaixada em Tegucigalpa o presidente deposto, Manuel Zelaya. A oposição a Lula, conservadora e subserviente aos Estados Unidos, apoiada pela mídia-idem, subiu nas tamancas e tomou o partido dos golpistas, tratando nossos diplomatas como inimigos. Wikileaks revela que a oposição brasileira, ingênua (ou não?), na verdade fez um papelão. Os documentos secretos divulgados mostram, em primeiro lugar, que Zelaya chegou a enganar Chávez, Fidel e Ortega para atender os planos americanos, durante a Assembleia Geral da OEA – realizada no mesmo mês (junho) do golpe! Fez com que concordassem com um texto americano sem que eles soubessem quem era o verdadeiro autor, agiu como autêntico agente duplo. Além disso, os documentos secretos deixam claro que há muito tempo os Estados Unidos acompanhavam de perto os movimentos golpistas hondurenhos.
Quer saber mais sobre o ridículo oposicionista na questão de Honduras? Clique aqui.

sábado, 31 de outubro de 2009

Honduras: os Estados Unidos pressionaram Michelleti, mas foi o Brasil que pressionou os Estados Unidos

Vamos colocar claro uma coisa: sem a presença decisiva do Brasil em defesa da restauração da democracia em Honduras, os golpistas nunca mais sairiam do poder. Os Estados Unidos - que certamente apoiaram o golpe por baixo dos panos - fariam vista grossa e aproveitariam para ampliar seus domínios na região. Mas não tiveram como se contrapor à oposião séria e carregada de prestígio do Brasil. Chávez também foi muito importante dando sustentação operacional ao retorno de Zelaya. E o próprio Zelaya, com sua atitude firme, decidido a lutar pelos direitos democráticos, tornou-se uma rocha no caminho dos golpistas. Há ainda que parabenizar Obama, que conseguiu perceber a tempo que os "conselheiros" de Hillary estavam forçando a barra na contramão da História. Obama tratou de ordenar que Michelleti parasse de gracinha. Quem ficou completamente sem argumentos foi a Mídia de Bananas. Perdeu a chance de louvar o papel de destaque do governo brasileiro no cenário internacional criando condições para o retorno de Honduras à democracia.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Honduras, divisor de águas profundas

Todos já sabem o que aconteceu em Honduras, aquele pedaço de terra menor (em tamanho e população) do que o nosso Ceará, situado entre as águas profundas do Caribe e do Pacífico, um dos países mais pobres do continente, que sobrevive graças à venda de café e banana para os Estados Unidos. Um grupo de políticos (e militares) da direita hondurenha, sentindo-se traído pelo antigo aliado Zelaya, deu um golpe de estado e expulsou o Presidente eleito, que não aceitou calado e movimentou-se em busca de apoio internacional. O Brasil destacou-se na sua defesa. Zelaya, em movimento ousado, retornou clandestinamente a seu país e instalou-se na Embaixada do Brasil. O governo brasileiro não pôde fazer nada, e fez bem em não reagir contra. A tática dos golpistas e seus apoiadores era empurrar com a barriga até que o golpe virasse fato consumado e aceito por “usucapião”. A nova situação provocada por Zelaya em nossa embaixada exigiu definição dos atores envolvidos. Os golpistas tiveram que arreganhar os dentes e mostrar os trogloditas que realmente são. Os Estados Unidos tiveram que deixar exposta a ambiguidade de seu jogo: ao mesmo tempo que Obama deseja uma política mais liberal para o continente, os assessores da Secretária Hillary Clinton insistem na importância de apoiar os golpistas para não ceder espaço à política chavista. OEA e países emergentes tomaram posição firme contra o golpe. O Conselho de Segurança, comandado pelos Estados Unidos, mostrou-se frágil. Mas o importante é que os golpistas sentiram o golpe e tentam desesperadamente voltar atrás em suas truculências. Até contrataram empresa de relações públicas para melhorar sua imagem – na minha opinião, tarde demais. Tarde demais também para nossos políticos, intelectuais e jornalistas que, no afã anti-Lula, apressaram-se em demonstrar simpatia pelos golpistas hondurenhos. Buscaram justificativas “constitucionais” para o golpe. Chamaram o Itamaraty de bando de trapalhões. Torceram o nariz para o presidente democraticamente eleito “por causa” da proximidade de Chávez e do seu chapelão texano. Demonstraram, isso sim, mentalidade subserviente, que acredita que o melhor slogan para o Brasil seria “no, we can’t”. Fecharam os olhos para o que diz o resto do mundo, como o jornal inglês The Independent, em sua reportagem The rise and rise of Brazil: Faster, stronger, higher, onde afirma que "a ação brasileira (...) pegou Washington no contrapé e expôs um claro abismo na confusão hondurenha entre Obama – que quer uma ação decisiva para repor Zelaya no poder – e uma vacilante Hillary Clinton”. Ou o argentino Clarín na reportagem El protagonismo de Brasil en Honduras modifica su tradición: “Ahora Brasil ha salido del Sur y se ha tornado un protagonista fundamental de la principal crisis de América latina del Norte. Está en el centro de los acontecimientos en Honduras. No actúa en forma compartida o multilateral, sino individualmente, como gran potencia. Es una novedad histórica. Brasil es hoy la representación de la comunidad internacional en una crisis que se profundiza, se polariza y escala”. Honduras foi um divisor também para nós, brasileiros. Opôs, de um lado, o atraso, a cabeça colonizada, o conservadorismo, o neoliberalismo, e, de outro, um Brasil que soube crescer, reduzir desigualdades, conquistar espaço, projetar-se no mundo e preparar-se para assumir um lugar de relevância no futuro.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Constituição de Bananas é que está em vigor em Honduras

Alguém ainda tem dúvidas sobre o que aconteceu? Temos algum “constitucionalista” à solta para defender o golpista Michelleti? Está na “Constituição” ameaçar a embaixada brasileira, impedir a entrada da Delegação da OEA, fechar veículos de comunicação de oposição (se a moda pega...), proibir a liberdade de circulação e de associação? O tucano Francisco Weffort, que jamais questionou a ingerência estrangeira nos tempos em que fazia parte do governo Fernando Henrique, perguntou na última sexta-feira, em artigo no Globo (O Itamaraty e seu aliado, Zelaya), “teria sido mesmo um golpe militar?” E ele mesmo responde: “É difícil decidir de fora sobre essa questão”. E agora, Weffort, continua difícil responder? Sugiro ligar para Obama e perguntar, porque ele não tem dúvida que foi um golpe militar. E a Mídia de Bananas? Vai defender a Constituição de Bananas em vigor em Honduras? Ou vai reagir e dar uma banana para Michelleti?

The Independent: Obama e Hillary divergem sobre Honduras

Em longa reportagem sobre o Brasil, onde exalta o papel do Brasil como cada vez mais protagonista no cenário mundial, o jornal inglês The Independent fala das divergências entre Obama e Hillary. Diz o jornal: “Brazilian action, closely backed by the Venezuelan government, has wrong-footed Washington, exposing a clear gulf on the Honduran mess between Obama, who wants decisive action to restore Zelaya, and a shilly-shallying Hillary Clinton, whose right-wing advisers have other ideas”. Mais ou menos isso: “A ação brasileira, fortemente apoiada pelo governo venezuelano, pegou Washington no contrapé e expôs um claro abismo na confusão hondurenha entre Obama – que quer uma ação decisiva para repor Zelaya no poder – e uma vacilante Hillary Clinton, cujos assessores direitistas têm outras idéias”. Enquanto isso, a Mídia de Bananas... deixa pra lá.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Que a Mídia de Bananas se mire no exemplo deste menino

Oscar David Montesinos, 10 anos, símbolo da resistência ao golpe militar hondurenho.

Mídia de Bananas torce pelo golpista Micheletti

Na sua insana posição anti-tudo-que-é-Lula, a nossa mídia transformou-se em verdadeira Mídia de Bananas, apoiando o que existe de mais retrógrado no continente. Daqui a pouco o golpista Micheletti será saudado como “salvador das pátrias”. Na sua primeira página de hoje, o Globo estampa: “Nova versão põe Brasil no centro da operação Zelaya”. E que versão é essa? A declaração do presidente deposto, Manuel Zelaya, de que sua volta foi uma decisão pessoal e de que antes de refugiar-se na embaixada em Tegucigalpa teria consultado o presidente Lula e o chanceler Celso Amorim. Vejamos alguns pontos: 1) Como próprio Zelaya declara, foi uma decisão pessoal. 2) Quando foi a consulta? Todo mundo já sabia que quando Zelaya chegou com sua mulher à embaixada o nosso representante antes de recebê-los consultou Brasília. 3) Suponhamos que tenha sido antes – e daí? Em princípio nada mais natural que o presidente eleito de um país amigo visite nossa embaixada. Qual seria a resposta – “Não, você não pode nos visitar” ou “Não, porque o presidente golpista disse que não pode” ou “Não, porque nossa mídia não permite”, qual delas, digam, é a resposta certa? 4) Qual é o fato mais grave: o golpe militar ou o retorno do presidente eleito ao seu país? Claro que a nossa mídia prefere enxergar em Zelaya o verdadeiro golpista. É o que se traduz na coluna de hoje de Merval Pereira, “República de Bananas”, onde ele cita o advogado paulista Lionel Zaclis e reproduz trechos da Constituição de Honduras tentando provar que o golpista agiu legalmente: “De acordo com a Constituição de Honduras, como destacamos aqui ontem, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos (artigo 237), vedada expressamente a reeleição. Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de toda função pública.(...) Em 23 de março de 2009, o presidente Zelaya baixou o Decreto Executivo PCM-05-2009, estabelecendo a realização de uma consulta popular sobre a convocação de uma assembleia nacional constituinte para deliberar a respeito de uma nova carta política”. Como notamos aí, já que chegamos aos “pés das letras”, Zelaya não violou o artigo 237. Claro, os golpistas acharam um jeito de declarar a nulidade do decreto com “a suspensão dos efeitos, sob o fundamento de que produziria danos e prejuízos ao sistema democrático do país, de impossível ou difícil reparação, e em flagrante infração às normas constitucionais e às demais leis da República, para não falar dos prejuízos econômicos à sociedade e ao Estado, tendo em vista a dimensão nacional da consulta (grifos nossos).” Ora, tenham paciência! Isso não é coisa do Direito – é da Direita. Um presidente democraticamente eleito que propõe democraticamente uma consulta de dimensão nacional para aprovar ou não a discussão democrática sobre uma reforma da Constituição é deposto... em nome da democracia! Será que pirei de vez? Será que estou com cãimbras no cérebro e preciso do potássio das bananas?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Caso Honduras: O Globo trata seus leitores com escárnio

A manchete do Globo de hoje é um total desrespeito a seus leitores, em primeiro lugar, e também à inteligência, ao jornalismo, aos próprios profissionais, aos interesses nacionais. “Ação do Brasil acirra crise e tensão cresce em Honduras” – qual foi a “ação” do Brasil? A ação de um representante sonolento abrindo as portas da nossa embaixada para a entrada da esposa do Presidente deposto? A ação de garantir a integridade de nossa representação diante das ameaças de golpistas hondurenhos? Procuro nas páginas internas do próprio Globo e não encontro respostas. Será que essa manchete não passa de mais um material de propaganda anti-Lula? Quando é que o Globo vai parar com essa pouca vergonha (que, aliás, não surte efeito algum, como provam as pesquisas de opinião pública)? Com atitudes assim, o Globo faz com o jornalismo o que o troglodita Puccinelli pretendia fazer com Minc: estupro em praça pública.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Quem inspirou quem em Honduras?

Hoje li a seguinte nota (No mais) na coluna do Ancelmo, no Globo: "Não se pode apoiar golpe contra a democracia. A única saída em Honduras é devolver imediatamente Manuel Zelaya ao cargo. Mas a situação no país deixa o alerta no ar. É que a crise toda começou quando Zelaya, inspirado em Hugo Chávez, quis prorrogar seu mandato contra todas as instituições legislativas e judiciárias" (com grifo meu). Fiz algumas reflexões: 1) Apesar de Ancelmo ter dito com todas as letras que não se pode apoiar golpe contra a democracia, ele acaba mostrando que também foi contaminado pela justificativa do golpe, que seria a inspiração em Hugo Chávez na oposição às instituições legislativas e judiciárias. 2) Quando o Congresso venezuelano aprovou a prorrogação do mandato presidencial, disseram que que ele era "controlado completamente por seguidores de Hugo Chávez". Nesse caso não vale a instituição legislativa? Que inspiração é essa? 3) Fernando Henrique, quando obteve a prorrogação do seu mandato através do Congresso, inspirou-se (por antecipação) em Hugo Chávez? 4) Zelaya, é verdade, opôs-se às instituições legislativas e judiciárias (onde não tinha maioria) e pretendia ouvir diretamente a população, através de voto livre. Está errado ele? Ou faltou inspiração? 5) Que inspiração teria sido mais cara - a da prorrogação através do Congresso à Fernando Henrique ou em consulta à população como pretendia Zelaya? 6) Por último, quem inspirou o golpe militar hondurenho?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mundo contra o golpe militar de Honduras. E nossa imprensa?

Lula, Obama, OEA e praticamente o mundo inteiro já tomaram posiçãp clara de condenação do golpe militar em Honduras. Mas Nossa Mídia, claro, jamais vai condenar esse golpe militar, porque afinal o Presidente deposto, Manuel Zelaya (Mel), foi um "traidor": elegeu-se pela direita e fez um governo de esquerda. Pior: aproximou-se de Hugo Chávez, o inimigo público nº 1 da Nossa Mídia. César Maia, a bem da verdade, apesar de seu anti-Chavezismo exarcerbado, não embarcou totalmente no golpe militar. Chegou a comentar em seu Ex-Blog de hoje que "Brasil, Equador e Bolívia foram exemplos nos últimos 20 anos de presidentes destituídos constitucionalmente, sem uso do exército". Veja a seguir entrevista de Manuel Zelaya, o presidente deposto, negando que tenha renunciado.