quinta-feira, 27 de março de 2008

McCain sugere novo inimigo para governo americano

Desde que inventaram a luta eterna do Bem contra o Mal, o homem, individualmente ou politicamente, sempre elege um Mal para referendar o avanço do seu Bem. Os Governos sempre fazem isso. As grandes potências não fazem outra coisa. Bush aproveitou o atentado de 11 de Setembro para eleger o “eixo do mal” (Irã, Iraque e Coréia do Norte) como seu adversário maior. Seriam os países inimigos que poderiam utilizar-se da energia nuclear e de atos terroristas para atacar os Estados Unidos. Com essa estratégia “anti-terrorista”, Bush fez de Bin Laden a face de todos os inimigos e fez de Saddam Hussein o seu bode expiatório. Não deu muito certo. Bush perdeu a guerra e não sabe o que fazer para sair dela. Por causa disso, sua rejeição é cada vez maior. Para tentar provar que caminha independente de seu Presidente, o atual candidato Republicano à Casa Branca, John McCain, resolveu escolher outro Mal para carregar a tiracolo. Resolveu atacar (em discurso, claro...) a Rússia de Putin. Chegou a dizer que ela é inimiga da democracia (lá vem esse papo furado de novo...) e que deveria ser afastada do G8 (no seu lugar, entrariam Brasil e Índia). McCain quer apenas ganhar pontos na sua corrida eleitoral, tirando o foco da guerra do Iraque e provando que tem um novo Mal de sua própria autoria. Será que vai emplacar? Curiosamente, McCain fez seu discurso anti-russo no mesmo dia em que Bush anunciou um encontro com Putin para resolver questões pendentes. Será que combinaram? Provavelmente, sim.