quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Assembléia Constituinte: Reforma Política Já!

A Reforma Política não é simplesmente um “jogo político”. É uma condição de sobrevivência daquilo que entendemos como democracia. Os recentes escândalos no meio político, o troca-troca de partidos, as traições e as baixarias envolvendo todos, a falta de credibilidade, o processo eleitoral desgastado, tudo leva a uma Reforma Política imediata para evitar o pior. O eleitor, o cidadão, a população inteira, ninguém agüenta mais essa situação. Todos exigem mudanças, querem um jeito novo de fazer política. E não adianta dizer que a Reforma Política pode ser feita por esse Congresso que está aí, porque é uma grande mentira. Com toda certeza, o Congresso legislaria em causa própria, e a mini-reforma eleitoral que acabou de ser feita, sem alterações significativas, deixa isso bem claro. A fidelidade partidária, por exemplo, poderia ser aprovada por quem se locupleta com o troca-troca de partidos? A Assembléia Constituinte Exclusiva e com a finalidade única de fazer a Reforma Política é necessária e toda a sociedade deve se mobilizar para isso. Nesse ponto, Lula foi muito ágil e pegou os adversários de surpresa. Alckmin, obviamente, foi contra a idéia sugerida por Lula, aparentando não saber direito do que estava falando. Heloisa Helena foi contra, sendo contra suas próprias idéias. É claro que ela sabe que a Assembléia Constituinte Exclusiva é a melhor proposta, mas por causa de sua metas eleitorais imediatas ela não pode dar o braço a torcer. Cresceu nas pesquisas com discurso de oposição e tem que continuar assim, mesmo que seja contraditória. Ela não percebe que o seu público será exatamente aquele que mais se mobilizará em defesa da proposta. Cristóvão Buarque foi mais sábio, ao defender a Assembléia Constituinte Exclusiva. Ele está fora do páreo imediato e percebeu que o eleitor dele pensa da mesma forma, é também quem vai se mobilizar no futuro. O importante é que a idéia está lançado. Cabe a todos nós transformá-la em realidade.